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Youtuber americano causa polêmica ao participar de operação da PM em São Paulo

Vídeo do americano Gen Kimura armado dentro de uma viatura da PM provocou uma investigação pela Secretaria da Segurança Pública de São Paulo

Gen Kimura, um influenciador digital americano, gerou controvérsia ao se filmar participando de uma operação da Polícia Militar (PM) nas favelas da Zona Norte de São Paulo. O vídeo, que mostra Kimura armado dentro de uma viatura da PM, alcançou mais de 1,6 milhão de visualizações e provocou uma investigação pela Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP).

No vídeo de quase 40 minutos publicado em seu canal no YouTube, o influenciador aparece vestindo um colete da PM, exibindo uma arma e tendo acesso a locais restritos onde são estocados artefatos como granadas. A gravação inclui cenas de perseguição em comunidades locais e declarações controversas de um policial, afirmando que mortes de criminosos são comemoradas com charutos e cervejas. O vídeo mostra ainda os bastidores da polícia paulistana, incluindo treinamentos e momentos de descanso e descontração.

A SSP declarou que o envolvimento de civis em operações policiais é estritamente proibido e que as circunstâncias da participação de Kimura estão sendo investigadas. Um policial foi preventivamente afastado por ter facilitado o acesso do youtuber à operação.

Gen Kimura, que se identifica como japonês-americano, nasceu em 1997 no Oregon, EUA, e ganhou notoriedade por abordar temas sociais polêmicos em seus vídeos. Ele já foi tema de debates por seus vídeos sobre a participação de transgêneros em competições esportivas, um dos quais acumulou mais de 3,3 milhões de visualizações. “Fazemos documentários e entrevistas sobre temas sociais e polêmicos. Inspiramos os pensadores independentes a facilitar conversas através de conteúdos ousados ​​e instigantes que exploram todas as perspectivas”, afirma o texto de apresentação da newsletter de Gen, “Explore The Unfamiliar”.

O texto também informa que a produção é financiada por meio de contribuições diretas da própria audiência via Patreon, e também por meio de anunciantes como Starbucks e Grammarly.

A repercussão do vídeo levanta questões sobre a adequação e os limites da participação de influenciadores em operações oficiais de segurança, bem como os impactos potenciais dessa exposição na perceção pública da polícia e na segurança dos envolvidos.

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