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X, de Elon Musk, irá usar dados dos usuários para treinar IAs

A partir de 15 de novembro não será possível se opor ao uso de informações pessoais pela plataforma

O usuário não tem direito à privacidade de seus dados (Reprodução website X)
O usuário não tem direito à privacidade de seus dados (Reprodução website X)

A partir de 15 de novembro a rede social X passará a coletar e usar as informações dos seus usuários para treinar modelos de aprendizado e inteligência artificial. A empresa alterou nesta semana sua política de privacidade sem nenhum comunicado oficial ao público. A medida extingue qualquer direito da pessoa se opor ao uso de seus dados pessoais e, segundo a própria empresa, a única forma de recusar a prática é não usar a plataforma.

Segundo o professor de direito digital da Fundação Getúlio Vargas Luca Belli, as imposições da plataforma são “totalmente ilegais”. O aditivo cria uma brecha para a plataforma de Musk desrespeitar a opção de oposição ao tratamento de dados presentes nas próprias configurações, disse Belli à Folha de S. Paulo.

Com a atualização na área “Seus Direitos e a Concessão de Direitos sobre o Conteúdo” a rede social deixa claro que ao enviar, postar ou exibir conteúdo na plataforma, a pessoa concede à empresa “uma licença mundial, não exclusiva e livre de royalties (com o direito de sublicenciar) para usar, copiar, reproduzir, processar, adaptar, modificar, postar, transmitir, exibir, carregar, baixar e distribuir tal conteúdo em toda e qualquer mídia ou método de distribuição atualmente conhecido ou desenvolvido posteriormente, para qualquer finalidade”.

De acordo com a empresa, quando alguém adere a rede social dá a ela o direito de utilizar os dados para “prestar, promover e aprimorar os Serviços, inclusive, por exemplo, para uso e treinamento de nossos modelos de aprendizado e inteligência artificial, sejam eles generativos ou de outro tipo”.

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