Engana-se quem pensa que foi mal-interpretado pela aparência que ostenta. Na prática, nem sempre temos a oportunidade de conversar e mostrar ao próximo quem realmente somos, mas, sem dúvidas, somos constantemente interpretados e julgados pelo conjunto da nossa imagem pessoal.
Ela revela muito sobre nós, por isso, compreender o significado da nossa imagem através da ciência do Visagismo Philip Hallawell e saber adequá-la à nossa personalidade e ao que, de fato, desejamos expressar, é fundamental para o processo de autoconhecimento e, consequentemente, para a elevação da autoestima, autoconfiança e sensação de bem-estar, o que melhorará a nossa comunicação, produtividade e qualidade de vida.
Primeiramente é importante entender como funciona o processo mental da imagem.
De acordo com o estudo do psicanalista suíço, Carl G. Jung [1875-1961], os símbolos arquetípicos – que são aqueles que possuem os mesmos significados em todas as culturas e em todos os tempos – agem subliminarmente no inconsciente das pessoas, provocando sensações e reações emocionais, mas não racionais.
Pesquisas apontam que a ativação de reações que geram emoções é de responsabilidade de diversos sistemas, em diferentes áreas do sistema límbico do cérebro.
O neurocientista, Joseph Le Doux, que comanda o Le Doux Labs na Universidade de Colúmbia, em Nova York, USA, investiga como o cérebro processa emoções e mostrou que o tálamo visual tem a função de avaliar os estímulos que o cérebro recebe e distinguir imagens, sons e outros sinais.
Philip Hallawell, após 35 anos de pesquisas, descobriu que o símbolo arquetípico, embutido na estrutura de qualquer imagem, é reconhecido pela amígdala, que, por sua vez, provoca uma reação emocional antes mesmo que a imagem possa ser interpretada racionalmente. Isso explica o porquê de reagirmos de diferentes maneiras quando olhamos para alguma imagem seja pessoal ou não.
Agora eu te pergunto: Você já passou por algum processo estético [maquiagem, corte de cabelo, cirurgia, etc.] que fez você se sentir “estranho”, como se não fosse você?
Philip Hallawell explica que ao se olhar no espelho, a pessoa é afetada emocionalmente pelas estruturas geométricas que compõem sua imagem, e o mesmo acontece com quem nos observa.
Entendeu a razão da nossa imagem pessoal ter um poder comunicador? Pois é, como diz o antropólogo francês, David Le Breton, “Toda alteração no rosto marca a personalidade do indivíduo em sua forma mais profunda”.
O Visagismo Philip Hallawell não é uma intuição, trata-se de uma ciência baseada nos fundamentos da linguagem visual, estética, física ótica, geometria, antropologia, psicologia, neurobiologia e em conhecimentos milenares, onde o indivíduo embarca num profundo processo de autoconhecimento que envolve a análise das suas características físicas e do seu comportamento, seguida da reflexão sobre a sua personalidade, além de considerar o seu estilo de vida, as suas exigências profissionais, necessidades particulares, desejos e preferências.
Como costumo dizer, o Visagismo Philip Hallawell é um dos passos para construir uma imagem pessoal com consciência e sustentabilidade, pois quando nos conhecemos profundamente passamos a entender que não precisamos de muito para revelar estilo, apenas de escolhas corretas e harmônicas.
Você já se perguntou sobre “O que você deseja expressar pela sua imagem?”. Será que ela está representando quem você realmente é em seu íntimo?
O Design Pessoal pode lhe ajudar com essa autoanálise. Para saber mais acesse www.designpessoal.com e fique por dentro de tudo.
Fonte: Visagismo Integrado: identidade, estilo e beleza. Philip Hallawell. 2 ed. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2010.