DA REDAÇÃO (com EFE) – Nome mais conhecido do Brasil em Hollywood, o ator Rodrigo Santoro viveu um momento especial em sua carreira em Hollywood ao interpretar Jesus na nova versão do épico de ação “Ben-Hur”, atualmente em cartaz nos Estados Unidos. Segundo o ator, o papel representou um desafio que enfrentou com “emoção”, mas também “com muito medo” e “responsabilidade”. “Quando me disseram que interpretaria Jesus foi como uma combinação de sentimentos: emoção, êxtase e muito medo e responsabilidade”, disse Santoro em entrevista à agência hispânica de noticias EFE. “Acredito que nenhum ator recusaria algo assim. É uma das histórias mais intensas, profundas e bonitas, senão a mais”, acrescentou o ator, que explicou que dar vida a Jesus Cristo foi “uma experiência única” que não pode “comparar com nada”.
Em “Ben-Hur”, Santoro divide cenas com atores como Jack Huston e Morgan Freeman na nova versão do clássico, que dessa vez ganha direção de Timur Bekmambetov, e reinventa o célebre filme de 1959 protagonizado por Charlton Heston.
Embora a trama de ambos os filmes seja a mesma, o enfrentamento entre Judah Ben-Hur e Messala com uma espetacular cena final em uma corrida de quadrigas, este novo filme oferece algumas novidades, como a subtrama religiosa que ganhou um peso muito mais relevante. Assim, se no filme de Charlton Heston nunca se via o rosto de Jesus Cristo, neste longa-metragem é um personagem com voz, rosto e muita importância no desenvolvimento da história.
Santoro contou que para esse papel se perguntou “como humanizar uma figura como a de Jesus, como fazer com que seja alguém com quem as pessoas possam sentir-se identificadas”. Neste sentido, afirmou que uma de suas ideias foi mostrar Jesus, em sua primeira cena no filme, como um carpinteiro no mercado, como um trabalhador a mais.
O ator também explicou que buscou inspiração em filmes como “O Rei dos Reis” (1961) e “A Última Tentação de Cristo” (1988) e assim se deu conta que em todas as representações de Cristo a mensagem comum era “o amor incondicional”.
Embora o brasileiro diga não se considerar uma pessoa religiosa, ressaltou que cresceu em um ambiente familiar muito conectado com a faceta espiritual e abstrata da condição humana.
“Alguns acreditam, alguns não. Mas quando as coisas vão realmente mal, nos sentimos perdidos, apanhamos da vida e tudo o que achamos saber desaparece, tenho certeza que todos acreditamos que há algo mais”, opinou.
Para assistir a um trailer de “Bem-Hur”, acesse youtu.be/QZbukl9Sxv4.