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Vírus Oropouche, vindo de Cuba, ameaça saúde pública na Flórida

A Assembleia da Resistência Cubana está preocupada com o aumento de casos de Oropouche entre viajantes da ilha, e especialistas emitem alerta

Surto de casos de Oropuches em Cuba alerta especialistas da OMS e da CDC sobre possível epidemia (Foto: Rawpixel)
Surto de casos de Oropuches em Cuba alerta especialistas da OMS e da CDC sobre possível epidemia (Foto: Rawpixel)

A Assembleia da Resistência Cubana (ARC) emitiu um sério alerta sobre o risco iminente de uma epidemia do vírus Oropouche no sul da Flórida, após a confirmação de 21 casos recentes importados de Cuba. A organização, apoiada por médicos especialistas, denunciou a grave crise de saúde na ilha devido à rápida disseminação do vírus, agravada pela inação e falta de transparência do regime cubano.

O Dr. Alfredo Melgar, especialista em medicina interna, pediu à comunidade internacional e às autoridades dos EUA que tomem medidas urgentes para conter a propagação do vírus, incluindo a suspensão temporária de viagens a Cuba até que a situação esteja sob controle.

O especialista alertou que a propagação do vírus, transmitido pelo mosquito Culex, representa um perigo não apenas para a população cubana, mas também para outros lugares, especialmente o sul da Flórida, onde reside uma grande comunidade cubana e o mosquito vetor está presente.

A ARC destacou que a falta de recursos e de medidas preventivas em Cuba, como a escassez de mosquiteiros e inseticidas, contribui para a rápida disseminação do vírus.

De acordo com Luis Zúñiga, membro da organização, a situação é agravada pela falta de informações e pela minimização do problema pelo regime cubano. “É um país onde a população não tem acesso a informações ou aos recursos necessários para se proteger, como mosquiteiros”, disse o ex-político cubano Jorge Luis García Pérez Antúnez.

O vírus Oropouche, que pode causar febre, dores nas articulações, erupções cutâneas e, em casos graves, meningite, uma doença potencialmente fatal, espalhou-se pelas 15 províncias de Cuba, afetando um número desconhecido de pessoas. A ausência de um tratamento antiviral ou de uma vacina específica contra o vírus aumenta a preocupação.

Alerta internacional

Tanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) quanto os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA emitiram alertas sobre a situação em Cuba, reconhecendo o risco de disseminação internacional.

A OMS declarou um alerta internacional e o CDC estabeleceu um alerta de nível 2 para viajantes à ilha, recomendando precauções para evitar picadas de mosquitos.

A ARC também denunciou que o regime cubano, em vez de implementar medidas de controle eficazes, minimizou a gravidade da crise, classificando os sintomas como uma “síndrome febril”, sem reconhecer a ameaça real do vírus Oropouche.

Essa falta de transparência, aliada à infraestrutura de saúde precária da ilha, dificulta a contenção do vírus e aumenta o risco de disseminação para outros países.

Suspensão de viagens

No sul da Flórida, vários casos foram relatados entre viajantes que retornaram de Cuba, aumentando o alarme sobre uma possível epidemia local.

Na semana passada, a ARC solicitou a suspensão das viagens a Cuba em uma carta enviada a figuras políticas da Flórida, incluindo a prefeita de Miami-Dade, Daniela Levine Cava, o governador Ron DeSantis e os senadores Marco Rubio e Rick Scott.

Na carta, a coalizão pediu às autoridades estaduais e locais que tomem medidas proativas até que a situação epidemiológica na ilha esteja sob controle.

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