Pelo menos 20 panteras morreram na Flórida em 2020, a maioria atropelada por veículos em estradas estaduais.
O número é menor que os dois anos anteriores, mas, ainda assim, autoridades da Florida Fish and Wildlife Conservation Commission (FWCC), estão em alerta quanto à sobrevivência da espécie.
O FWCC estima que haja entre 120 a 230 panteras típicas da Flórida, uma subespécie do puma americano também conhecida como leão da montanha. O órgão possui um guia para os moradores de áreas onde os animais habitam como o National Park Everglades.
Dentre os registros de panteras mortas esse ano que não foram por atropelamento de veículos individuais, há um espécime que foi morto por outra pantera, outro atropelado por um trem e um pessoa matou intencionalmente um terceiro animal, deixando seu corpo mutilado na beira de uma estrada nas redondezas de Immokalee, no condado de Collier.
De acordo com dados verificados do FWCC, 27 panteras morreram no ano passado e 30 morreram em 2018.
“Normalmente dizemos que o número de mortes de panteras aumenta com o tamanho da população desses animais”, disse Dave Onorato, biólogo especialista em panteras do FWCC.
Sob essa lógica, uma contagem mais baixa de mortes poderia significar más notícias para as espécies ameaçadas de extinção. “É plausível. Não queremos dar muita importância ainda, mas certamente chama a nossa atenção ”, observou Onorato.
Um fator que complica os números de 2020 é que os biólogos rastrearam menos panteras com coleiras de radiofrequência. O trabalho desses cientistas foi prejudicado em parte pela pandemia de covid-19.
“Não queremos ser responsáveis pela transmissão (da doença) às panteras”, disse Onorato.
A grande queda no número de espécimes ocorreu antes de 1950, quando a caça desses animais era legal. A classificação “em perigo de extinção” ocorreu em 1967. Hoje as panteras estão protegidas por leis federais e estaduais.