A União Europeia vai reabrir as fronteiras para a turistas de países considerados seguros a partir do dia 1 de julho. O Brasil deve ficar de fora dessa lista por ser o segundo no mundo em número de casos de coronavírus. Turistas americanos também serão impedidos de entrar em países do bloco até que o número de casos tenha uma queda significativa.
Na quinta-feira (11), a União Europeia anunciou que não será permitida a entrada de viajantes que vivam em locais onde a pandemia do coronavírus não foi controlada.
Para determinar o nível de controle da pandemia em cada nação, serão levados em conta o número de casos diários da doença, a tendência de crescimento das infecções e as políticas do governo de combate ao vírus – como testes em massa, rastreamento de contatos e medidas de distanciamento social.
Segundo o levantamento em tempo real da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, o Brasil tem mais de 772.000 casos confirmados e mais de 40.000 mortes causadas pela Covid-19. Cálculos da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que o Brasil tem uma média de 1.013 infecções a cada 24h na última semana, superando o Reino Unido (cuja média foi 823 infecções), o país mais afetado pela pandemia em toda Europa.
Dessa forma, o Brasil deve ficar de fora da lista até controlar a Covid-19. Viajantes vindos do país já estão proibidos de entrar nos Estados Unidos, desde o fim de maio.
As decisões finais sobre a reabertura de fronteiras serão tomadas por cada país do bloco, mas a Comissão espera garantir uma abordagem coordenada entre todos os estados membros e recomenda que as medidas sejam aplicadas uniformemente em todo o bloco.
Por enquanto, os países de fora da UE liberados para entrar na região foram aqueles dos Balcãs Ocidentais: Albânia, Bósnia e Herzegovina, Kosovo, Montenegro, Macedônia do Norte e Sérvia. A lista completa ainda não foi concluída.
“Isso tem que ser feito passo a passo. Essa lista aumentará, talvez não dia após dia, mas pelo menos talvez semana a semana”, disse Ylva Johansson, Comissária dos Assuntos Internos da União Europeia. (Com informações da Reuters e Veja)