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Velejador australiano e cadela são encontrados após 2 meses à deriva no Pacífico

Segundo Shaddock, eles sobreviveram dois meses perdidos no Pacífico bebendo água da chuva e comendo peixe cru que ele conseguiu pescar

Tim Shaddock e a cadelinha Bella são encontrados à deriva no Pacífico. Foto: Pedestrian TV

Um velejador australiano foi encontrado, no domingo (16), após dois meses à deriva no mar com seu animal de estimação. Tim Shaddock, 51, e a cadelinha Bella estavam navegando do México para a Polinésia Francesa quando o mar agitado danificou seu barco e seu sistema eletrônico, deixando-os à deriva e isolados. A dupla foi resgatada por um helicóptero que acompanhava uma traineira de atum e avistou a pequena embarcação perdida.

Segundo Shaddock, eles sobreviveram bebendo água da chuva e comendo peixe cru que ele conseguiu pescar. Segundo os médicos que atenderam o náufrago, ele está “bem e estável”. “Passei por uma provação muito difícil no mar”, disse Shaddock em um dos vídeos postados pelo 9 News — nas imagens, ele está notavelmente semelhante ao personagem interpretado por Tom Hanks no filme “Náufrago”. “Só preciso descansar e comer bem, porque estou sozinho no mar há muito tempo. Fora isso, estou muito bem de saúde”, disse o velejador.

Mike Tipton, professor de fisiologia humana da Universidade de Portsmouth, disse ao 9 News que a sobrevivência da dupla se deveu a “uma combinação de sorte e habilidade”. Ele disse que a chave foi a capacidade de Shaddock de garantir uma fonte de água potável, “e também sabendo, por exemplo, que durante o calor do dia você precisa se proteger porque a última coisa que você quer quando está em perigo de ficar desidratado é suar”, explicou.

Tipton disse que o fato de Shaddock ter sua cadela Bella como companhia “pode ​​​​ter feito a diferença”. “Você está vivendo muito no dia a dia e precisa ter uma atitude mental muito positiva para superar esse tipo de provação e não desistir”, disse Timpton. “As pessoas precisam avaliar quão pequeno é o barco e quão vasto é o Pacífico. As chances de alguém ser encontrado são muito pequenas”, concluiu.

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