A variante delta identificada pela primeira vez na Índia já representa 20% de todos os novos casos de covid-19 nos EUA. Antes, há cerca de duas semanas, ela representava 10% dos novos casos.
Em uma videoconferência com a equipe do governo de combate à pandemia nesta quarta-feira (23), o Chefe do Conselho Médico da Casa Branca, Dr. Anthony Faucci, classificou a variante como a “maior ameaça à tentativa da nação de eliminar a doença”.
Na semana passada, o presidente Joe Biden alertou que a variante poderá causar “muitos danos” em algumas regiões do país se a campanha de vacinação, que desacelerou nas últimas semanas, não avançar logo.
A chefe técnica do combate à covid-19 na World Health Organization (OMS), Maria Van Kerkhove, escreveu no Twitter que a delta é 60% mais contagiosa que as outras variantes.
A propagação no continente europeu fez com que governos de vários países restabelecessem medidas de restrição e de circulação de cidadãos.
“Esta nova variante tornará as pessoas que não foram vacinadas ainda mais vulneráveis do que estavam há um mês”, enfatizou Biden, acrescentando que “os EUA têm as ferramentas para derrotar a variante”, pedindo que mais americanos se vacinem totalmente.
Pesquisas feitas sobre a variante no Reino Unido mostraram altos níveis de eficácia da vacina na proteção contra a delta, podendo reduzir em até 90% os casos de hospitalização entre pessoas completamente imunizadas.
A meta do governo dos EUA é de que pelo menos 70% dos adultos americanos estejam totalmente vacinados até o feriado de quatro de julho.
Atualmente, 62,5% dos americanos com 12 anos ou mais receberam pelo menos uma dose de uma vacina, de acordo com os Centers for Disease Control (CDC). No ritmo atual, o país atingiria 75% em setembro e 86% em novembro.