O ser humano sempre brigou por motivos como política, esportes e religião – e estes dias vimos o perigo da Terceira Guerra Mundial acontecer no Oriente Médio por conta de diferenças religiosas. O que move essas brigas todas é o fanatismo, e por conta disso meus irmãos e eu evitamos seguir cegamente estes assuntos. Sempre achamos um absurdo pessoas chegarem a se agredir fisicamente para defender seu ponto de vista, principalmente por futebol – como é possível alguém se atracar com outros porque seu time perdeu? E se ganhar, os torcedores recebem dinheiro? Só se for em dinheiro do Banco Imobiliário…
Política mexe com todos, e entendo algumas pessoas agirem como cabos eleitorais por querer que sua cidade, estado ou país seja bem cuidado–mas continuo não entendendo essa maluquice de defender seu político de estimação como se pudessem colocar suas mãos no fogo por esses pilantras (e são todos iguais).
Crenças religiosas são mais complicadas que tudo isso. São milênios de fanatismo, violência e mortes. Toda religião tem seu lado bom, se cada um cuidasse da sua vida e não se preocupasse com a religião do vizinho, o mundo seria melhor. Aliás, no meu entender ninguém deveria usar símbolos religiosos na rua – dá a sensação de que o fazem justamente para não se misturar com o “inimigo”.
Mas esses eram basicamente os assuntos principais das discussões até o advento das redes sociais, agora podemos brigar com estranhos sobre várias coisas ao mesmo tempo! Faço parte de vários grupos no Facebook (exceto sobre esses três assuntos citados acima), de seriados e filmes, de marcenaria, de ferramentas, de motos, carros, e vários outros. Tirando fora os grupos que eu administro sobre conchas de coleção (que é meu negócio), TODOS os outros acabam tendo discussões acaloradas sobre qualquer motivo, por mais banal que soe.
Em um grupo de canivetes Leatherman eu vejo brigas por conta de dizerem que um canivete é melhor que outro, que tem mais utilidade, e que quem discorda é idiota; No do Star Trek, os amantes de umas séries discutem e brigam para provar que “sua” série é a única que presta, e se você criticar muito, pode ser expulso (eu fui…); nos de ferramentas ou de marcenaria, nem pense em levantar o fato dos EUA serem praticamente o único lugar do mundo que usa sistema Imperial ao invés do métrico… em suma, é extremamente fácil encontrar alguém para brigar online! Já que o Twitter mudou de nome, eu sugiro mudar o nome do Facebook para Fightbook, é mais adequado, não é verdade?
Ah, e os grupos de WhatsApp? Só tenho uns poucos, porque para participar de grupos temos que querer conversar com outras pessoas e eu não tenho muita paciência… Estou no grupo de meus “coleguinhas” de escola (tudo uns véio como eu), e eles adoram ficar se ofendendo por conta de futebol – como a antiga “presidanta” dizia, se um time ganha ou perde, os torcedores nem ganham ou perdem.
E precisamos tomar muito cuidado hoje em dia com o que se escreve online, com toda essa agressividade latente algum idiota pode querer te processar por dizer algo que o “ofendeu” como uma garotinha. (nota do autor: eu não quis ofender as garotinhas)
Mesmo tendo racionalidade, e concordando que não tem sentido em brigar por essas idiotices, a gente acaba sendo atraído pela encrenca. Essa avalanche de informação que recebemos todos os dias nos empurra para discutir com estranhos do outro lado do mundo. Dá vontade de sair de todas as redes sociais. Na próxima briga que participar, eu saio! (ah… só mais uma, vai…)