Com mais de 15 milhões de contaminados e quase 300 mil mortos pela covid-19, os EUA têm pressa para resolver uma de suas maiores crises de saúde pública de todos os tempos. E a luz no fim do tempo é a vacina que já está sendo usada por alguns países.
Diante disso, um Painel de Conselheiros da Food and Drug Administration (FDA), formado por cientistas independentes, médicos, infectologistas, entre outros especialistas em saúde se reuniram durante toda a tarde desta quinta-feira (10), e aprovaram uma recomendação para que a FDA autorize o uso emergencial da vacina da Pfizer e Biontech.
A decisão do grupo reflete 99% de chances de que agência inicie a vacinação em massa no país nos próximos dias, dando aos profissionais de saúde e idosos residentes de asilos prioridade para receber as primeiras injeções.
A vacina da Pfizere Biontech já foi aprovada pelo Reino Unido, Canadá e Bahrein.
Durante a reunião, os membros da Painel expressaram preocupação de que não havia dados suficientes de jovens de 16 e 17 anos. Mas eles decidiram que os benefícios para este grupo superam os riscos e não impedem a aprovação do medicamento que apresentou 95% de eficácia em seus últimos testes.
Alguns membros também perguntaram sobre a probabilidade de reações alérgicas graves, depois que casos de reações alérgicas de pessoas que tomaram a vacina na Grã-Bretanha vieram à tona.
Sobre isso, funcionários da Pfizer disseram que não houve casos de reações alérgicas graves nos ensaios de 44 mil participantes. Mas que pessoas com histórico de reações alérgicas a vacinas foram excluídas do estudo.
Durante a parte pública da reunião que foi transmitida pelo YouTube, os defensores da saúde pública pressionaram amplamente pela aprovação do medicamento, observando a urgência da pandemia. Um palestrante, que se identificou como Kermit Kubitz, disse que não tinha conflitos de interesse a declarar, exceto pelos “muitos parentes idosos”. “Eles precisam desta vacina ontem”, disse ele.