A vacina produzida pelo laboratório americano Moderna foi capaz de gerar anticorpos contra o novo coronavírus em um pequeno grupo de voluntários saudáveis. Os resultados preliminares foram anunciados nesta segunda-feira (13).
O resultado positivo permite que a empresa avance para a terceira e última fase do cronograma de testes, marcada para o próximo dia 27, quando 30 mil pessoas, todas moradoras dos EUA, devem servir de cobaias.
Segundo a Moderna, a vacina produziu uma resposta imune em oito voluntários que receberam duas doses da mRNA-1237 em março. Os pacientes criaram anticorpos em níveis semelhantes ao observado em infectados que se recuperam do coronavírus Sars-Cov-2, segundo uma nota divulgada pela empresa de biotecnologia.
Os dados sugerem ainda que as pessoas que receberam doses mais altas podem ter níveis maiores de anticorpos. Os testes com 45 voluntários foram realizados pelo Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos EUA. Neles, três grupos com 15 pacientes receberam três diferentes doses da vacina cada um.
Segundo a Moderna, a vacina foi “de modo geral, segura e bem tolerada”, sendo que os voluntários não apresentaram nenhum efeito colateral significativo. Os resultados completos da primeira fase de testes ainda não foram divulgados.
O estudo oferece um sinal de que a vacina pode fornecer proteção contra o vírus. Entretanto, os cientistas ainda tentam compreender o nível necessário de anticorpos para a defesa do organismo e quanto tempo essa proteção deve durar.
O governo americano investiu meio bilhão de dólares no desenvolvimento da vacina da Moderna, cujos testes foram realizados pelos Institutos Nacionais de Saúde. Testes separados realizados em camundongos sugerem que a vacina pode evitar que a doença chegue aos pulmões, afirmou a empresa.
Até o momento, não há tratamento ou vacinas aprovadas contra a covid-19. Especialistas preveem que serão necessários de 12 a 18 meses para o desenvolvimento de uma imunização eficaz contra a doença.