O United States Postal Service (USPS) advertiu na sexta-feira (14) que não tem como garantir que entregará as cédulas de votação a tempo de serem contadas no processo eleitoral de novembro.
O conselheiro-geral da entidade, Thomas Marshall, disse que a contagem de votos por correios poderá sofrer atrasos em pelo menos 5 Estados –Michigan, Pensilvânia, Califórnia, Missouri e Washington.
No entanto, o problema pode ser bem maior. Segundo apurou o jornal Washington Post, o serviço de correspondências entrou em contato com 46 estados para alertar sobre o possível atraso na entrega de votos.
As eleições presidenciais estão marcadas para 3 de novembro, e estima-se que mais de 100 milhões de cidadãos poderão votar à distância por causa da pandemia.
Alguns estados anteciparam os prazos para envio das cédulas de votação pela via postal. Mas grande parte não tem mais tempo para fazer ajustes. Segundo reportou o Washington Post, os tribunais receberam mais de 60 ações judiciais relacionadas ao processo eleitoral em pelo menos 24 estados.
Além disso, o comitê interno do USPS abriu inquérito para investigar possíveis conflitos de interesse envolvendo o diretor-geral da entidade, Louis DeJoy, que teria doado $2,7 milhões para as campanhas do presidente Donald Trump.
Semana passada, Trump anunciou o bloqueio do financiamento à instituição postal. Segundo ele, o aumento dos votos à distância favoreceria a vitória do candidato democrata, Joe Biden.