Atualmente, o valor dos cursos de graduação nas universidades da Flórida é $ 105,07 por hora de crédito, conforme estabelecido por lei estadual.
Mas os legisladores do estado planejam aumentar o valor das mensalidades pela primeira vez desde 2013. A justificativa é um déficit orçamentário projetado de $ 2,7 bilhões para sistema de ensino superior estadual em 2020.
Durante uma coletiva de imprensa em Tallahassee na última sexta-feira (20), o novo presidente do Senado da Flórida, Wilton Simpson, descreveu a perspectiva de aumentar as mensalidades como “uma oportunidade viável”. Ele mencionou a atual crise orçamentária do estado e o subfinanciamento do sistema de assistência social.
“Queremos ter certeza de manter um nível muito alto de ensino superior, mas ao mesmo tempo temos crianças que estão entrando e saindo de um orfanato porque não temos recursos para administrar esse sistema”, disse Simpson, um Republicano do condado de Pasco.
Segundo ele, o sistema universitário estadual poderia receber menos financiamento do estado este ano, devido a uma queda na arrecadação tributária durante a pandemia de covid-19.
Com isso, os estudantes podem ver aumentos nas mensalidades nos próximos anos, à medida que os estados tentam compensar os déficits orçamentários, disse ao jornal Sun Sentinel, Michele Streeter, analista de políticas do Institute for College Access and Success.
“Não acho que a história seja que os estados estejam ativamente tentando prejudicar ou pressionar os alunos, ou reduzir a acessibilidade de suas instituições estaduais”, disse Streeter, “para os estados que enfrentam um déficit, a coisa óbvia a se recorrer é a mensalidade”.
“Mas”, acrescentou ela, “muitas famílias estão lutando financeiramente e podem precisar de mensalidades acessíveis no estado, agora mais do que quando a economia estava indo bem”, concluiu.
“Este é o momento em que os alunos e as famílias estão menos equipados para cobrir os custos adicionais das mensalidades”, disse Streeter.
O último aumento nas mensalidades há sete anos foi de 1,7% , durante a gestão do ex-governador Rick Scott.