Histórico

Um balde de água fria para os imigrantes

Obama diz agora que reforma da imigração vai ficar para 2010

Por essa os mais de 12 milhões de indocumentados na América não esperavam. Depois de garantir durante a campanha presidencial – e confirmar o compromisso já na Casa Branca – que iria promover o debate sobre uma ampla reforma na lei de imigração ainda no seu primeiro ano de governo, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, admite agora que o tema só será analisado com profundidade em 2010. Para ele, por enquanto, há outras prioridades que precisam ser resolvidas no país, entre elas a questão econômica e um novo sistema de saúde. “É muito importante que estas iniciativas sejam discutidas cada qual a seu tempo, para que não entrem em conflito uma com as outras”, teria dito Obama.
A opinião do presidente americano foi dada durante a cúpula de líderes da América do Norte, em Guadalajara (México) e é um balde de água fria para os indocumentados, que esperavam ter sua situação legalizada ainda este ano ou, pelo menos, que o assunto pudesse entrar na pauta do Congresso Nacional o mais rápido possível. Há poucos meses, o vice-presidente Joe Biden já havia dado o sinal de alerta, quando manifestou dúvidas de que a proposta pudesse ser analisada em época de desaquecimento da economia e alto índice de desemprego no país. “Fica complicado pedir a um parlamentar que lute pela legalização de 12 milhões de imigrantes e pelo fim das deportações, enquanto a economia dá sinais de fraqueza, com pessoas perdendo o emprego e suas casas”, disse Biden em abril.

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