Horas após anunciar que não iria negociar uma nova rodada de ajuda financeira à população afetada pelo coronavirus, o presidente Donald Trump voltou atrás e pediu que o Congresso lhe enviasse um projeto para análise.
Trump orientou aos seus aliados Republicanos no Congresso, nesta terça-feira (5), que parassem de discutir a aprovação de um novo pacote econômico com a bancada Democrata até depois das eleições.
“Imediatamente após eu ganhar vamos aprovar uma importante lei de estímulo que se concentra nos americanos trabalhadores”, tuitou o presidente.
Ele acusou a presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, do Partido Democrata, de “não usar de boa fé “ nas discussões sobre o novo pacote econômico, e pediu ao líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, que se concentrasse na confirmação de sua indicada para a Suprema Corte, Amy Coney Barrett.
A decisão foi mal recebida pela imprensa e entre os próprios parlamentares, que acusaram Trump de usar a pandemia para fins eleitoreiros.
À noite, Trump voltou ao ao twitter e pediu ao Congresso que lhe enviasse um projeto de lei apresentando apenas os cheques de estímulo à população, deixando de fora a ajuda às pequenas empresas.
“Se eu receber um projeto independente, só para cheques de estímulo, eles irão para o nosso grande povo IMEDIATAMENTE. Estou pronto para assinar agora. Você está ouvindo Nancy? ” tuitou, marcando McConnell, Pelosi, o líder da minoria no Senado Chuck Schumer, e o chefe de gabinete da Casa Branca Mark Meadows.
A expectativa é de que a nova rodada de pagamentos de cheques estímulo siga os mesmo critério que a primeira, enviada aos cidadãos em abril.
Indivíduos que ganham até $ 75 mil por ano receberam $ 1,2 mil. Adultos com filhos menores de 17 anos receberam $ 500 por criança.
Aproximadamente 130 milhões de indivíduos receberam pagamentos totalizando mais de $ 200 bilhões até meados de maio, segundo o IRS.