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Trump vai usar Guantánamo para deter migrantes em situação irregular

Guantánamo será preparado para deter até 30 mil migrantes

Base Naval de Guantánamo, centro de detenção e processamento de migrantes. Foto: Flickr

O presidente Donald Trump assinou um memorando determinando que a base naval de Guantánamo, em Cuba, seja preparada para abrigar até 30 mil migrantes. Segundo o governo, a medida visa ampliar a capacidade de detenção de “estrangeiros criminosos prioritários” que estejam nos Estados Unidos sem documentação legal.

Assessores da Casa Branca afirmam que a administração pretende expandir centros de detenção já existentes, e que o controle da operação ficará a cargo do ICE. Autoridades do Departamento de Segurança Interna sugeriram que a base poderia ser usada para reter aqueles considerados de “maior risco”, mas ressaltaram que a ideia ainda está em avaliação.

A base de Guantánamo é conhecida por abrigar um centro de detenção para suspeitos de terrorismo, mas também possui um centro menos conhecido para reter migrantes interceptados no mar, principalmente de Cuba e Haiti. Organizações humanitárias criticam as condições nesses centros. A infraestrutura atual da Base Naval de Guantánamo não comporta 30.000 pessoas, segundo um oficial dos EUA. A capacidade para esse número existia nos anos 1990, mas não mais atualmente. Para viabilizar a operação, seria necessário mobilizar um contingente significativo de pessoal militar, de acordo com a mesma fonte.

O governo cubano criticou duramente a medida, classificando-a como um ato de “brutalidade”. O presidente Miguel Díaz-Canel afirmou que a decisão representa uma violação de direitos humanos e relembrou que a base está localizada em território “ilegalmente ocupado” pelos EUA.

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