O presidente Donald Trump retirou os EUA do Trans-Pacific Partnership – TPP – acordo que visa reduzir barreiras comerciais entre 12 países para fazer frente ao crescimento rápido de países da Ásia, como a China. Trump assinou a ordem executiva nesta segunda-feira (23), cumprindo uma promessa de campanha.
O TPP foi assinado por Barack Obama em 2015 e inclui os países: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Cingapura, Estados Unidos e Vietnã, representando 40% da economia mundial e um terço do comércio global.
A iniciativa é a primeira decisão do novo presidente, que durante a campanha denunciou com veemência o que chamou de acordo “terrível”, que “viola”, segundo ele, os interesses dos trabalhadores americanos.
“Temos falado muito disso durante muito tempo”, disse Trump, enquanto assinava a ordem executiva no Salão Oval da Casa Branca. “O que acabamos de fazer é uma grande coisa para os trabalhadores americanos”, acrescentou.
O texto ainda não tinha entrado em vigor. Ele previa a liberação do comércio de serviços, como engenharia de software e consultoria financeira.
O governo Obama considerava o TPP como o melhor tratado possível, porque incluiria não só a eliminação de barreiras comerciais, como também de normas sobre legislação trabalhista, meio-ambiente e propriedade intelectual. (Com informações do jornal O Globo).
Cortes a ONGs pró-aborto
Trump assinou também uma ordem para limitar a ajuda financeira a ONGs estrangeiras que realizam abortos.
A medida — inicialmente estabelecida pelo então presidente Ronald Reagan em 1984 — bloqueia o financiamento federal a organizações internacionais de planejamento familiar que realizam abortos ou promovem o procedimento ao oferecer inforamações a pacientes sobre o tema. Desde que a política foi criada, entrou na batalha política dos EUA: os democratas a suspenderam e os republicanos a reestabeleceram.