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Trump pede impeachment de juiz que bloqueou deportações

Especialistas consideram reação ameaça à independência do Judiciário.

A medida retira a obrigatoriedade dos órgãos federais fornecerem intérpretes para pessoas que não falam inglês (Foto: courthousenews.com)
Na rede Truth Social, Trump sugere impeachment de juiz. (Foto: courthousenews.com)

O presidente Donald Trump defendeu nesta terça-feira (18), o impeachment do juiz federal James E. Boasberg, que bloqueou sua nova política de deportações. Em uma publicação na Truth Social, Trump chamou Boasberg de “agitador” e afirmou que sua decisão vai contra a vontade dos eleitores que o elegeram para combater a imigração irregular. A medida judicial interrompeu voos de deportação baseados em uma lei de 1798, que o governo Trump usou para justificar a remoção de imigrantes venezuelanos acusados de ligação com gangues.

A decisão do juiz gerou um embate com a Casa Branca, especialmente depois que dois voos de deportação seguiram para El Salvador mesmo após Boasberg verbalmente ordenar que fossem suspensos. Advogados do governo argumentam que a ordem escrita do juiz não foi clara e que os aviões já estavam no ar quando a decisão foi tomada. No entanto, críticos afirmam que o governo poderia ter interrompido os voos e evitado um possível confronto com o Judiciário.

No Congresso, aliados de Trump já falam em apresentar artigos de impeachment contra Boasberg, seguindo uma tendência crescente entre republicanos que querem punir juízes contrários à agenda do governo. Para que um impeachment se concretize, a Câmara dos Representantes precisa aprovar a medida por maioria simples, mas o afastamento definitivo só ocorreria com o voto de dois terços do Senado. Desde a fundação dos EUA, apenas 15 juízes foram alvo de impeachment, e oito foram removidos.

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