Donald Trump invocou a Quinta Emenda e não respondeu às perguntas sob juramento na longa investigação civil da procuradora-geral de New York sobre seus negócios, disse o ex-presidente em comunicado na quarta-feira (10).
Trump chegou ao escritório da procuradora-geral Letitia James em uma carreata pouco antes das 9:00am, anunciando mais de uma hora depois que “se recusou a responder às perguntas recorrendo aos direitos e privilégios concedidos a todos os cidadãos sob a Constituição dos Estados Unidos”.
“Certa vez perguntei: ‘Se você é inocente, por que está invocando a Quinta Emenda?’ Agora eu sei a resposta a essa pergunta”, disse o comunicado. “Quando sua família, sua empresa e todas as pessoas em sua órbita se tornam alvos de uma caça às bruxas politicamente motivada e infundada, apoiada por advogados, promotores e a mídia de notícias falsas, você não tem escolha.”
Por mais vociferante que Trump tenha se defendido em declarações escritas e no palco do comício, especialistas jurídicos dizem que a mesma estratégia poderia ter saído pela culatra em um ambiente de depoimento, porque qualquer coisa que ele dissesse poderia ser usada na investigação criminal.
Sua decisão ocorre poucos dias depois de agentes do FBI revistarem sua propriedade em Mar-a-Lago, na Flórida, como parte de uma investigação federal não relacionada sobre se ele obteve registros confidenciais quando deixou a Casa Branca.
A investigação civil, liderada pela procuradora-geral Letitia James, envolve alegações de que a empresa de Trump, a Trump Organization, deturpou o valor de ativos valiosos, como campos de golfe e arranha-céus, enganando credores e autoridades fiscais.
“Minha grande empresa e eu estamos sendo atacados de todos os lados”, escreveu Trump antes na Truth Social, a plataforma de mídia social que ele fundou. “República das Bananas!”