O presidente Donald Trump assinou na quinta-feira (10), uma ordem executiva ampliando para 125% as tarifas de importação sobre produtos chineses. Somada às taxas de 20% relacionadas ao fentanil que foram impostas anteriormente, os produtos chineses sofrerão uma alíquota total de 145%. Trump também suspendeu por 90 dias as tarifas recíprocas extras aplicadas a outros países. Segundo o presidente, mais de 75 países já procuraram representantes americanos para discutir alternativas comerciais. Comentou ainda que nenhum desses países retaliou os Estados Unidos até o momento.
O republicano divulgou a decisão na quarta-feira (9) em sua rede social, a Thuth Social, poucas horas após o governo chinês anunciar a imposição de tarifas de 84% sobre produtos americanos, em resposta às tarifas equivalentes dos EUA, que entraram em vigor na madrugada do mesmo dia. Como a China já enfrentava uma tarifa anterior de 20%, a carga total atingiu 104% — agora ampliada para 125%.
No sábado (5), entraram em vigor as novas tarifas gerais impostas pelo governo, que afetam todos os parceiros comerciais com percentuais mínimos de 10%. Já na quarta-feira (9), teve início a cobrança das tarifas adicionais, que foram suspensas por Trump na mesma tarde.
O que está em vigor hoje
Atualmente, os Estados Unidos mantêm as seguintes medidas tarifárias:
- Alíquotas de 125% sobre produtos estratégicos chineses, como chips, baterias, veículos elétricos e equipamentos industriais.
- Alíquotas de 10% sobre importações gerais de países aliados (México, Canadá, União Europeia, Japão), válidas até o fim da pausa de 90 dias.
- Alíquotas de 25% sobre setores-chave — como aço, alumínio e farmacêuticos — aplicadas a países fora de acordos específicos de isenção.
Acompanhe o vai e vem das tarifas de importação
Logo após reassumir a presidência, em janeiro de 2025, Trump anunciou uma tarifa adicional de 25% sobre todas as importações provenientes do Canadá e do México, além de uma sobretaxa de 10% para produtos chineses.
No mês de fevereiro a Casa Branca ampliou as tarifas para setores considerados críticos, como aço, alumínio, semicondutores, veículos elétricos, medicamentos e energia renovável. A média das alíquotas ficou em 25%.
Em abril, o presidente anunciou a aplicação de tarifas recíprocas a todos os países, o que gerou controvérsias. Enquanto indústrias americanas afetadas pela concorrência externa apoiaram as medidas, importadores, varejistas e setores dependentes de cadeias globais de produção alertaram para o risco de aumento nos preços e retaliações comerciais.
Na quarta-feira (9), Trump anunciou a suspensão temporária de 90 dias das novas alíquotas para a maioria dos países, mantendo as tarifas em 10%. No entanto, os produtos chineses foram ainda mais taxados, atingindo 125%.