O ex-presidente Donald Trump foi indiciado, nesta segunda-feira (14), por tentar interferir nas eleições da Geórgia. Esta é a quarta vez que Trump é indiciado. A investigação teve como origem um telefonema, em janeiro de 2021 no qual Trump pediu a um funcionário local, Brad Raffensperger, que “encontrasse” cerca de 12.000 cédulas em seu nome que faltavam para ganhar os 16 delegados da Geórgia.
A promotora do condado de Fulton, Fani Willis, indiciou 19 pessoas com base em uma lei vigente na Geórgia sobre crime organizado, frequentemente usada contra gangues, e prevê penas de 5 a 20 anos de prisão.
A promotora apresentou 41 acusações, incluindo declarações falsas, usurpação de cargo público, falsificação de documentos e uso de documentos falsos, pressão de testemunhas, uma série de crimes cibernéticos e perjúrio.
Trump disse, nesta terça-feira (15), que vai fazer uma coletiva de imprensa na semana que vem para apresentar provas contra essas “falsas acusações”. Ele classificou os indiciamentos como “caça às bruxas”.
“Um grande, complexo e detalhado relatório sobre fraude na eleição presidencial na Geórgia será apresentado em uma coletiva de imprensa na segunda-feira, às 11 da manhã, em Bedminster, New Jersey. Baseado nos resultados deste relatório conclusivo, todas as acusações deverão ser retiradas”, escreveu Trump em sua rede social, Truth Social.
Trump já foi acusado em outros três casos: suposta conspiração para alterar o resultado das eleições de 2020 (em um caso em Washington), negligência na gestão de documentos confidenciais (em um tribunal da Flórida) e supostos pagamentos ocultos a uma ex-atriz pornô para comprar seu silêncio (em um tribunal de New York). Com informações da AFP.