O presidente Donald Trump concedeu clemência a políticos condenados por corrupção. Entre os que foram concedidos, o que mais chamou a atenção foi o de Rod Blagojevich, um democrata que foi destituído do cargo de governador de Illinois em 2009 e depois condenado por vender o assento de senador que havia ficado vago quando Barack Obama conquistou a presidência dos Estados Unidos em 2008.
Os perdões também foram dados a Edward DeBartolo Jr, ex-proprietário do time de futebol do San Francisco 49ers, e Michael Milken, um conhecido financeiro que se declarou culpado em 1990 por valores mobiliários e fraude fiscal.
Essa série de ações de clemência, 11 no total, elevou as expectativas de que Trump está pensando em exercer seu poder em casos mais controversos envolvendo ex-associados próximos, incluindo o consultor republicano Roger Stone.
Trump, que fez campanha alegando que luta contra a corrupção em Washington, foi vago sobre sua justificativa para conceder liberdade a Blagojevich, que havia sido condenado a 14 anos.
“Comutamos a sentença de Rod Blagojevich. Ele ficou preso por oito anos, por um longo tempo”, disse Trump a repórteres. “Ele parece uma pessoa muito legal, eu não o conheço”.
Além disso, ele perdoou Bernard Kerik, comissário de polícia de Nova York na época dos ataques de 11 de setembro de 2001. Kerik se declarou culpado em 2009 por fraude fiscal, e saiu da prisão em 2013.
Especula-se que o presidente em breve vá perdoar Roger Stone e Paul Manafort, ambos envolvidos em uma extensa investigação sobre a tentativa da Rússia de influenciar as eleições que deram a vitória a Trump em 2016. (Com AFP)