O ex-presidente Donald Trump usou a seguinte retórica em entrevista na segunda-feira com o apresentador Hugh Hewitt: “Como permitir que pessoas entrem por uma “fronteira aberta”, 13 mil dos quais eram homicidas, muitos deles assassinaram muito mais de uma pessoa e agora vivem felizes nos Estados Unidos. Acredito que, no caso de um homicida, isso está nos genes. E temos muitos genes ruins em nosso país agora.”
A sugestão de que imigrantes têm predisposição à violência foi muito criticada e é um crescimento de sua retórica, usada consistentemente durante a campanha, onde o ex-presidente promete deportações em massa se voltar à Casa Branca. As declarações de segunda-feira também ecoam comentários feitos no ano passado, quando ele disse que imigrantes “estão envenenando o sangue do nosso país”. A Casa Branca condenou a declaração de Trump, afirmando que ela “ecoou a retórica grotesca de fascistas e supremacistas brancos violentos”.
A porta-voz da campanha de Trump, Karoline Leavitt, afirmou que o ex-presidente se referia a homicidas, e não a imigrantes, na entrevista. Na semana passada, Trump prometeu acabar com o Status de Proteção Temporária e deportar imigrantes haitianos em Springfield, Ohio, após semanas espalhando alegações infundadas de que a população haitiana estava consumindo animais de estimação. A atenção nacional levou a ameaças de bomba nas escolas de Springfield.
Trump já fez menções a teorias raciais em discursos anteriores, como em um comício em Minnesota em 2020, onde elogiou a “boa genética” de um público predominantemente branco, referindo-se a uma crença associada a grupos supremacistas brancos.