O presidente Donald Trump sancionou a Laken Riley Act, a primeira lei de seu segundo mandato, reforçando sua agenda de combate à imigração irregular. A nova legislação determina que imigrantes sem status legal nos EUA e acusados de crimes, mesmo antes de condenação, sejam detidos pelas autoridades federais, ampliando o escopo para delitos menores como furto e agressão a agentes da lei.
Trump destacou a assinatura como um passo essencial para “erradicar o crime migratório”, enquanto a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, reforçou que o governo está apenas aplicando as leis existentes. O caso de Laken Riley, estudante de enfermagem assassinada por um imigrante sem status legal, foi central na campanha de Trump e impulsionou o apoio bipartidário à medida.
Apesar de contar com o apoio de alguns democratas, a lei enfrenta críticas de parlamentares que a consideram excessiva e contrária ao princípio de presunção de inocência. A senadora Tammy Baldwin alertou que a medida pode levar à detenção em massa de pessoas acusadas de pequenos delitos, desviando recursos de investigações mais urgentes. Além disso, ICE estima que os custos de implementação possam ultrapassar US$ 27 bilhões no primeiro ano.
A aprovação da Laken Riley Act se soma a outras iniciativas de Trump para endurecer a política migratória. Ele já assinou 10 ordens executivas sobre o tema e anunciou planos para utilizar a base de Guantánamo como centro de detenção de imigrantes considerados de alta periculosidade.
