A Constituição americana ordena que os EUA façam a contagem de toda a população do país, independentemente de status imigratório, a cada dez anos.
Os resultados determinam a quantidade de assentos que cada estado detém no Congresso, a alocação de recursos para investimentos em políticas públicas, e estabelece os limites de distritos eleitorais.
Mas se depender do presidente Donald Trump, os imigrantes indocumentados deverão ser excluídos do censo de 2020. Em um memorando enviado nesta terça-feira (21) ao Secretário de Comércio, responsável pelo censo realizado este ano nos EUA, Trump explicou que “pela proteção da integridade do processo democrático, decidiu pela exclusão de estrangeiros ilegais da base de distribuição”.
Entretanto, não está claro como o ele pretende articular seu objetivo de excluir os imigrantes irregulares em um censo que já está acontecendo. Segundo o site o Census.gov, cerca de 62,2% do País já respondeu ao censo, que começou em março.
Organizações comunitárias e grupos de defesa da causa imigrante têm se mobilizado para convencer essas pessoas a responderem ao censo, independentemente da sua situação no País.
” Embora nenhuma questão de cidadania esteja no censo deste ano, os temores persistentes sobre essa questão poderá impedir os imigrantes de responder ao Censo, o que levará a futuros déficits de financiamento para escolas, estradas e outros projetos comunitários”, declarou o grupo CASA em comunicado publicado no website. “O grupo CASA novamente combaterá isso em tribunal e garantirá que todos sejam contados no Censo de 2020”, diz a mensagem.
Ano passado, Donald Trump havia tentado incluir uma pergunta sobre nacionalidade nesta edição da contagem, mas foi barrado pela Suprema Corte.