O presidente Donald Trump assinou na sexta-feira (6) um memorando determinando que sua administração tome medidas para acabar com a política conhecida como “prender e soltar”, sob a qual os imigrantes ilegais detidos podem aguardar uma audiência sobre sua situação em liberdade em vez de presos. As informações são da AFP.
Como parte do memorando, Trump pediu ao secretário da Defesa, Jim Mattis, que produza uma lista de unidades militares que poderiam ser usadas para deter imigrantes ilegais.
O fim da política é exigido por Trump – mas ainda não entrou em vigor – dias depois de o presidente ordenar o envio imediato da Guarda Nacional para proteger a fronteira do país com o México, onde um muro está sendo construído. O presidente diz que quer evitar a migração em massa e o tráfico de drogas.
Trump alertou que a segurança do país está ameaçada pelo aumento drástico de atividades ilegais na fronteira, incluindo o fluxo de “grandes quantidades de fentanil, outros opioides e novas drogas perigosas e ilícitas em níveis sem precedentes”.
O presidente reiterou um pedido ao Congresso para aprovar uma nova legislação anti-imigração. Um dia antes, havia feito ameaças a um acordo comercial com o México e declarado que não cogitava uma nova lei para proteger jovens imigrantes.
Uma das principais promessas de campanha de Trump foi construir um muro na fronteira sul dos EUA e insistir para que o México pague por ele — o que o governo mexicano se recusa a fazer.
Presos na fronteira
De acordo com dados divulgados pelo Customs and Border Protection (CBP), 177.021 pessoas foram detidas por tentarem entrar ilegalmente nos Estados Unidos. Em 2017, foram 310.531 presos e no ano fiscal de 2016 415.816, o que mostra que o movimento imigratório pela fronteira caiu vertiginosamente com a entrada de Trump.
Somente no mês de março, de acordo com dados da Border Patrol, 37.393 foram presas na fronteira dos EUA com o México. Desse total, 8.882 eram famílias e 4.171 menores de idade desacompanhados dos pais.