Os representantes legais de Donald Trump afirmaram à Justiça, na segunda-feira (18), que ele não possui os fundos necessários para pagar uma fiança de $454 milhões, valor exigido devido a sua condenação por fraude nos balanços de suas empresas. O prazo para o depósito da fiança expira na próxima segunda (25), após Trump ter sido condenado em primeira instância em 16 de fevereiro por manipular os balanços contábeis de suas empresas. Ele alega inocência, enquanto seus advogados apelam da decisão para uma instância superior.
Diante da impossibilidade de reunir o montante total exigido, os advogados propuseram um depósito menor de $100 milhões ou solicitaram a suspensão da cobrança, considerando-a excessiva. Caso a Justiça não concorde em reduzir ou suspender o pagamento, propriedades de Trump poderão ser confiscadas para compensar a dívida.
Em uma tentativa para solucionar o impasse, a equipe de Trump buscou empréstimos com empresas de fiança e corretores, na esperança de garantir o pagamento necessário. O ex-presidente contratou o executivo especializado em seguros, Gary Giulietti, para auxiliar na obtenção desses contratos. Se Trump perder o caso, um desses contratos garantiria que a empresa de pagamento de fiança cobrisse o valor devido.
Este caso é desdobramento de uma ação movida pela procuradora-geral do estado, Letitia James, que processou Trump e a Organização Trump em setembro de 2022 por supostas mentiras sobre o valor de ativos e patrimônio líquido. Alega-se que Trump inflacionou esses valores em até $ 2,23 bilhões em demonstrações financeiras fornecidas a bancos e seguradoras ao longo de uma década. Entre os ativos supostamente inflacionados estão a propriedade de Mar-a-Lago na Flórida, seu apartamento na Trump Tower em Manhattan, e diversos edifícios de escritórios e campos de golfe.