O Tribunal Superior Eleitoral respondeu nesta segunda-feira (7) a vídeos publicados nas redes sociais por eleitores brasileiros da Flórida que alegam que seus votos não foram computados nas eleições presidenciais de 2 e 30 de outubro. O candidato Luís Inácio Lula da Silva venceu o pleito com 50,9% por votos válidos.
Em uma das gravações, um homem denuncia: “Eu votei duas vezes. Primeiro e segundo turno. Me desloquei de onde eu moro. Fui para Orlando. Fiz vídeo, fiz foto, coloquei o povo lá e o meu voto não aparece na contagem do TSE. Eu quero uma explicação, TSE, acerca do meu voto que eu fiz aqui nos Estados Unidos em Bolsonaro”, diz.
Ao descrever o passo a passo da suposta fraude, o eleitor faz a busca pela seção 3345, que consta no E-título como local onde ele deveria exercer o direito ao voto, e que teria desaparecido. A mesma situação é relatada por outra eleitora da seção 1116, de Miami, e também há uma denúncia de Toronto, no Canadá.
Em resposta, o TSE esclarece que os votos depositados nestas urnas eletrônicas não sumiram. O que ocorreu, é que essas seções foram agregadas a outras.
No caso da seção 3345, o órgão informa que ela não aparece no E-Título porque está associada à seção 1346, que funcionou em Orlando, no Valencia College West Campus. No total, a seção contabilizou 452 votos para Bolsonaro, 80 para Lula, 2 em branco e 4 nulos. O mesmo ocorreu com a 1116 e a 1212.
“A agregação de seções pelas zonas eleitorais é uma prática comum e prevista em norma eleitoral, que visa diminuir os custos operacionais ao unir seções eleitorais com poucos eleitores”, diz o TSE, acrescentando que “o endereço aparece Miami porque é o município de residência do votante, e não o local de votação”.
A justificativa, também foi compartilhada pela página oficial do Consulado-Geral do Brasil em Miami.
De acordo com as autoridades, nestas eleições, a situação ocorreu em 24.163 seções eleitorais do Brasil e em mais de mil seções instaladas no exterior. Tanto o site quanto o aplicativo de resultados mostram apenas as informações sobre seções principais. “Portanto, a afirmação de que os votos dos autores da gravação e de outros eleitores que votam na mesma urna não foram computados é falsa”, completa o órgão.