Nesta terça-feira (6), uma decisão judicial nos Estados Unidos negou ao ex-presidente Donald Trump a imunidade em um caso em que é acusado de conspirar para alterar o resultado das eleições de 2020 no país. O painel unânime da corte declarou: “Não podemos aceitar que o cargo de Presidência coloque os seus antigos ocupantes acima da lei para sempre”.
A defesa de Trump solicitou à Justiça imunidade presidencial, argumentando que, por ser presidente na época dos supostos eventos, ele deveria estar protegido legalmente contra processos criminais. O processo faz parte de um conjunto de quatro processos judiciais enfrentados por Trump atualmente. Após a eleição de Joe Biden como presidente em 2020, Trump passou semanas contestando publicamente os resultados e, em 6 de janeiro de 2021, encorajou uma multidão a marchar em direção ao Capitólio enquanto a vitória de Biden era oficializada.
O julgamento, originalmente programado para março deste ano, foi adiado pelos juízes na semana passada, sem uma nova data definida. A defesa de Trump busca que o julgamento ocorra após as eleições presidenciais dos EUA, em novembro. O ex-presidente é considerado o favorito para vencer as primárias do Partido Republicano e se tornar o candidato da legenda.
Esta é a segunda vez em meses que os juízes rejeitam os argumentos de imunidade de Trump, permitindo que ele seja processado por ações ocorridas durante seu mandato na Casa Branca.
O caso definido nesta terça-feira é um dos quatro processos criminais que Trump enfrenta enquanto tenta retornar à Casa Branca. Ele também enfrenta acusações federais na Flórida por ocultar documentos confidenciais em sua propriedade em Mar-a-Lago; acusações estaduais na Georgia de planejar subverter as eleições estaduais de 2020; e acusações em New York por ocultar pagamentos para silenciar a ex-atriz pornô Stormy Daniels.
*com informações da AP