Miami tem 11 casos confirmados e Flórida tem 28; contaminados estiveram em zonas de risco
A médica Adriana Melo apresentou trabalho em Miami sobre o zika vírus
DA REDAÇÃO – Três mulheres da Flórida, que tiveram as identidades preservadas, tiveram teste positivo para o zika vírus, depois de voltarem de países considerados de risco para a doença. O vírus pode estar ligado à malformação fetal e está sendo estudada a relação do vírus com a microcefalia.
Onze pessoas já foram infectadas pela zika vírus no Condado de Miami-Dade, de acordo com boletim divulgado na segunda-feira (22). Na Flórida, o total de contaminados chega a 28 pessoas, todas estiveram em países considerados áreas de risco para o vírus.
O governador Rick Scott disponibilizou um telefone para que a população possa consultar especialistas para tirarem dúvidas e obterem informações sobre o assunto. O telefone é o (855)- 622-6735. O Consulado-Geral do Brasil em Miami também preparou um guia sobre a doença. Preparado com base em informações do Ministério da Saúde, o Consulado-Geral preparou texto fornecendo informações básicas sobre o vírus sobre o enfrentamento dos casos de microcefalia. O site do consulado é o http://miami.itamaraty.gov.br/pt-br.
Em Miami, médica brasileira apresenta pesquisa sobre o assunto
Reconhecida mundialmente pelo pioneirismo da pesquisa que estabeleceu a relação dos casos de microcefalia com o zika vírus, a médica brasileira Adriana Melo apresentou pesquisa sobre a doença, nos Estados Unidos, em simpósio entre os dias 17 e 20 de fevereiro.
Responsável pela primeira pesquisa que estabeleceu a relação entre o vírus e o surto de casos de microcefalia, Adriana Melo, do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida – Isea apresentou os resultados dos estudos desenvolvidos em Campina Grande no 12º Simpósio Internacional de Ultrassonografia em Obstetrícia e Ginecologia.
O evento, que começou nesta quarta-feira, 17, em Miami, na Flórida, reuniu especialistas em medicina fetal de todo o mundo e seguiu até o dia 20.
Com o tema “Infecção Intrauterina por zika vírus”. Durante o evento, a Dra. Adriana Melo também apresentou os avanços das descobertas da equipe liderada por ela em relação à síndrome congênita do zika e mostrou como funciona o serviço municipal criado em Campina Grande que oferece atendimento às gestantes e aos bebês com malformações em decorrência do vírus.
Adriana Melo ganhou notoriedade em todo o mundo pelas descobertas acerca desse novo problema mundial de saúde. Ela acompanha gestantes de Campina Grande no próprio Isea e conseguiu detectar a presença do zika em gestantes com bebês com microcefalia e nos próprios bebês.
Além disso, a especialista em medicina fetal identificou que os danos causados pela doença nas crianças são maiores que a microcefalia. Ela observou o aparecimento de calcificações e de líquido existentes nos cérebros, responsáveis por restringir o desenvolvimento de várias funções do corpo.