Em 14 de fevereiro de 2018, um homem armado com uma AR-15 rifle entrou na escola Marjory Stoneman Douglas High School, em Parkland, Flórida, e abriu fogo contra estudantes, professores e funcionários matando 17 pessoas. O suspeito, Nikolas Cruz, ainda aguarda julgamento.
Três anos depois, alunos, professores, familiares e autoridades políticas se reuniram para prestar homenagens às vidas perdidas.
Gregory Tony, policial-chefe do Broward County Sheriff ‘s Office, colocou uma coroa de flores do lado de fora escola, junto a um memorial com fotos das vítimas.
O governador, Ron DeSantis, ordenou que as bandeiras da Flórida fossem posicionadas a meio-mastro em todo estado e pediu que as pessoas fizessem um minuto de silêncio às três da tarde, hora em que aconteceu a tragédia.
De Washington, D.C. o presidente Joe Biden, também se manifestou. “Ao longo desses três anos, as famílias de Parkland ensinaram a todos nós algo profundo. Eles nos mostraram como podemos transformar nossa dor em propósito – marchar, organizar e construir um movimento de mudança forte, inclusivo e durável”, disse Biden em comunicado.
“Em segundos, as vidas de dezenas de famílias e a vida de uma comunidade americana, foram alteradas para sempre”, completou.
O presidente aproveitou a ocasião para pedir ao Congresso que endureça leis sobre armas, incluindo a exigência de verificação de antecedentes para todas as vendas de pistolas e fuzis, e a proibição de armas de assalto.
Biden também pediu que seja aprovada uma medida que responsabilize os fabricantes de armas pelo papel que seus produtos desempenham na violência.
“Este governo não esperará pelo próximo tiroteio em massa para atender a esse chamado. Tomaremos medidas para acabar com nossa epidemia de violência armada e tornar nossas escolas e comunidades mais seguras”, disse Biden.
Suspeito ainda aguarda julgamento
O julgamento de Nikolas Cruz, de 22 anos, ainda não aconteceu. Um dos motivos é a pandemia de covid-19, que interrompeu as operações judiciais e dificultou o acesso da defesa às prisões pessoais. O outro é a complexidade do caso, que tem centenas de testemunhas a serem ouvidas.
O julgamento poderia estar acabado agora. Os advogados de Cruz disseram repetidamente que ele se declararia culpado em troca de uma sentença de prisão perpétua. Mas os promotores não cederam em buscar a pena de morte.