Em maio de 2016, a brasileira Fernanda Ferreira, que vive em Ashland, Massachusetts, perdeu seu bebê com apenas 17 dias vítima de uma doença rara, a hemacromatose neonatal, que é uma condição rara do metabolismo do ferro, em que o sangue da mãe ‘contamina’ o da criança e ela nasce com insuficiência hepática grave. Na época, os médicos disseram para ela não engravidar novamente, já que o risco de o próximo bebê ter a mesma doença era de 90%.
Para se ter uma ideia do quanto a doença é rara, apenas 184 mulheres no mundo foram registradas com a enfermidade.
Fernanda, que já é mãe de outras duas crianças, ficou grávida algum tempo depois. “No ano passado, meu bebê ficou dias no hospital todo entubado e sofremos muito. Os médicos deixaram claro que eu não poderia engravidar novamente, mas acabou acontecendo e eu fiquei grávida”, conta Fernanda ao AcheiUSA.
Os médicos do Boston Hospital decidiram, então, fazer um tratamento inovador denominado IVIG – ou imunoglobina intravenosa, que é uma solução concentrada de imunoglobulinas humanas bastante utilizada como tratamento para pacientes com deficiências imunológicas. Em outras palavras, uma ‘troca de sangue’ para que o bebê não fosse afetado pelos anticorpos da mãe. O tratamento revolucionário salvou a vida do pequeno Joseph, hoje com um mês e vinte dias de vida.
“Basicamente, essa doença fez com que meu sangue criasse anticorpos fortes que atacam a célula do fígado do bebê, isso ocorreu depois de eu ter tido dois filhos saudáveis. Os médicos não sabem como aconteceu. Daí passava cinco horas do meu dia tomando essa hemoglobina, toda semana”.
O caso da brasileira chamou a atenção da mídia americana e ela foi tema de reportagens sobre o tratamento de sucesso. Fernanda hoje comemora, ao lado do marido e dos filhos, a saúde do pequeno Joseph. “Eu gostaria que minha história fosse compartilhada com outras mães. Consegui todo o tratamento gratuitamente e hoje meu filho está saudável ao meu lado”, comemora.
Importância do pré-natal
Fernanda fez o pré-natal e conta que a doença só foi diagnosticada no oitavo mês de gravidez, ela estava se sentindo mal, a primeira médica não viu, ela continuou se sentindo mal, foi para o hospital por conta própria e foi internada com urgência.
Os médicos pediatras alertam sobre e importância do pré-natal para diagnosticar com a máxima antecedência doenças e possíveis anomalias.
O pré-natal é o acompanhamento médico que toda gestante deve ter, a fim de manter a integridade das condições de saúde da mãe e do bebê. Durante toda a gravidez são realizados exames laboratoriais que visam identificar e tratar doenças que podem trazer prejuízos à saúde da mãe ou da criança.
É importante que as futuras mamães comecem a fazer seu pré-natal assim que tiverem a gravidez confirmada ou antes de completarem três meses de gestação. Alguns exames feitos durante o pré-natal são importantes para detectar problemas, como doenças que possam afetar a criança ou o seu desenvolvimento no útero.
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