Sim, eu sei que este boletim diário é dedicado aos jogos da Copa do Mundo Catar 2022, mas não dá para ignorar a bomba que estourou no futebol brasileiro: a saída de Dorival Jr. do Flamengo e a chegada de Vitor Pereira, que ainda está ligado ao Corinthians até o final do ano. A pessoas próximas, o treinador não escondeu o quão surpreso ficou ao tomar conhecimento, via imprensa portuguesa, que o Flamengo negociava com Vítor Pereira. Edson Khodor, empresário de Dorival, foi comunicado de que seu cliente não continuaria no clube na sexta-feira (25) à noite. Bruno Spindel, diretor executivo rubro-negro, foi quem telefonou para Khodor.
A decepção não ficou apenas restrita a Dorival e seu empresário. A Fiel Torcida está indignada com a postura do português Vitor Pereira, que enrolou a diretoria do Corinthians e afirmou que não renovaria o contrato e voltaria a Portugal, porque o estado de saúde de sua sogra impediria sua permanência em São Paulo. Tanto ele quanto o presidente do Timão Duilio Monteiro Alves se elogiavam com frequência e pouca gente apostava que o técnico português fosse assinar com outro clube brasileiro.
A mágoa de Dorival Jr. é compreensível. Ele topou tudo que a diretoria do Flamengo propôs, mas no final descobriu que os diretores estavam negociando por trás com Vítor Pereira. Ao meu ver, foi um tiro no pé. Tanto por parte do Flamengo como por parte de VP. O português sentirá o ódio dos torcedores corintianos e a solidariedade entre as torcidas do Corinthians e do Flamengo ficará abalada.
Em princípio, Vítor Pereira é mais capacitado e os diretores flamenguistas acreditam que ele possa ser o comandante do time que faturará o segundo mundial de clubes para o Mengão. Não sou vidente, mas acho que os corintianos torcerão para o Palmeiras (oh, sacrilégio!) na decisão da Supercopa com o Rubro-Negro carioca, marcada para janeiro de 2023. Até porque o português Abel Ferreira é reverenciado até mesmo pelos rivais paulistanos…