Onze elefantes se despediram dos espetáculos do circo Ringling Bros and Barnum & Bailey no domingo (1). A companhia criada na Flórida, e que é uma das mais tradicionais dos EUA, deixou de usar os animais após exibir números com a espécie por 145 anos.
Os últimos elefantes do circo serão levados para um centro de preservação construído pela empresa na Flórida, já que são velhos demais para se adaptarem à natureza. Os animais estão sendo aposentados mais cedo do que originalmente planejado, refletindo a mudança da opinião do público dos EUA sobre o uso de animais para entretenimento.
Neste ano, o Sea World anunciou que vai deixar também de fazer shows com orcas até 2019.
Entretanto, ativistas reclamam que o país ainda tem muito a fazer para mudar na área. Além dos 11, outros 69 elefantes ainda são mantidos por circos e espetáculos viajantes no país. O próprio Ringling Bros mantém 28 tigres, seis leões, dois cangurus e três cobras python.
Pelo menos 17 países já proibiram atos circenses com animais selvagens, mas a prática ainda é legal nos EUA. O estado do Havaí deve ser o primeiro a aprovar uma proibição, de deve ser votada ainda este ano pela assembleia estadual.
Apesar de celebrarem o fim das exibições, defensores dos direitos dos animais criticam o centro de preservação estabelecido pelo circo.
“É só um local para reprodução, onde os animais ficam acorrentados por 16 horas por dia em baias de chão de concreto e ainda apanham dos tratadores. Quando são liberados para saírem, ficam em áreas quase desoladas”, diz Katie Arth, porta-voz da Peta.