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Trabalhar com criança pode ser saída para intercambistas brasileiros

Ser babá rende visto de trabalho nos EUA, ajuda no inglês e ainda ganha dinheiro para as despesas

Joselina Reis


Odival Nascimento de Araújo gosta de trabalhar com crianças

Quem tem entre 18 e 26 anos tem a possibilidade de fazer intercâmbio e ainda ganhar dinheiro pelo tempo que ficar nos Estados Unidos. A opção do visto de Au Pair (babá ou ajudante da mamãe) é visto por muitos jovens como a maneira legalizada de realizar o sonho de morar fora do Brasil e conhecer outra cultura.

Até chegar lá é preciso passar por um processo que inclui: encontrar uma agência, preencher uma série de requisitos e documentos, e encontrar a família certa. Mas quem está na fila garante que vale a pena. O brasileiro Odival Nascimento de Araújo, de 18 anos, morador em Teixeira de Freitas (BA) não vê a hora de embarcar para os Estados Unidos. “É meu grande sonho conhecer uma nova cultura e me adaptar a outra realidade de vida, além de ser uma opção mais barata”, conta ele que é professor de inglês e está investindo em trabalho voluntário com crianças para conseguir preencher os pré-requisitos para o visto.

Aliás o visto não pede muito, o(a) interessado(a) deve ter 200 horas de trabalho (voluntário ou não) com crianças, cartas de recomendação, curso de primeiro socorros e dinheiro para as taxas. O valores variam de acordo com a agência e vão desde $500 a $1000, depende do que cada uma oferece. O Au Pair também é responsável pelos trâmites no Brasil, tais como obter o visto junto ao consulado americano e as passagens.

Assim que o Au Pair preenche os documentos junto a uma das 14 agências reguladas pelo governo americano e é aprovado, começa a segunda etapa: encontrar uma família interessada. É aí que entra o inglês básico que o candidato tem que ter, algumas famílias vão pedir uma entrevista pelo Skype para conhecer a pessoa que vai cuidar de seus filhos.

Tudo aprovado, a agência envia a documentação necessária com pedido de visto J1, que é um visto de trabalho. Quando chegar aos Estados Unidos, o Aupair, que precisa no mínimo ter o segundo grau completo, tem direito, em alguns estados, a solicitar carteira de motorista local e número do seguro social que o permite trabalhar legalmente.

A advogada Lucero Saldanha, do escritório US Immigrant Assist, em Lightouse Point, lembra que o intercambista pode dirigir no início do contrato, geralmente de um ano com a possibilidade de extensão para outros 12 meses, com sua carteira brasileira válida acompanhada de uma carteira internacional ou tradução da mesma.

Pelas informações contidas no website do governo americano (http://j1visa.state.gov/participants/how-to-apply/sponsor-search/?program=Au%20Pair) a família hospedeira paga em média $200 por semana pelo trabalho do Au Pair e no final do programa paga um incentivo educacional de $500. O Au Pair ainda tem direito a duas semanas de férias pagas durante o período de um ano e folgas semanais.

Geralmente, as vagas são muito procuradas por mulheres, mas os homens não se intimidam. “Como sou homem, eles exigem muito mais, por isso estou investindo em mais horas de trabalho ao lado de crianças”, explica o baiano que está em fase de escolha de uma agência representante no Brasil para fazer o intercâmbio com as agências americanas.

Ele garante que a internet o tem ajudado a encontrar outros Au Pair brasileiros nos EUA e com isso diminuir as dúvidas sobre o dia

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