Negócios

Trabalhadores da limpeza protestam por melhores salários em Miami-Dade, FL

Manifestações ocorrem em vários estados e marcam o 'Dia da Justiça para os Zeladores'; movimento também exige melhores condições de trabalho e proteção contra discriminação racial e étnica

Manifestação foi organizada pelo Sindicato Internacional de Prestadores de Serviços (foto: SEIU)
Manifestação foi organizada pelo Sindicato Internacional de Prestadores de Serviços (foto: SEIU)

Profissionais das áreas de limpeza e manutenção comercial saíram às ruas de Miami-Dade, FL,  nesta segunda-feira (14), para protestar contra baixos salários, e reivindicar melhores condições de trabalho.

A manifestação foi organizada pelo Sindicato Internacional de Prestadores de Serviços (SEIU, na sigla em inglês), e marcou o 31º aniversário do Justice for Janitors Day (Dia da Justiça para os Zeladores).

Segurando cartazes com mensagens que exigiam mais valorização e gritando palavras de ordem, eles se concentraram em frente a sede da empreiteira Coastal Building Maintenance (CBM), em Doral, FL.

A CBM emprega milhares de pessoas no setor de limpeza e, desde o ano passado, tem sido alvo de várias denúncias de subvalorização dos funcionários. Até o momento, a companhia não se pronunciou sobre o assunto.

“Temos orgulho de apoiar esses trabalhadores, que são em sua maioria mulheres e imigrantes”, disse Mary Kay Henry, presidente da SEIU, em um comunicado.

Segundo Henry, as manifestações estão sendo organizadas em todos os EUA e Canadá, e pelo menos de 46 mil zeladores devem ir às ruas nestes países. 

Além do aumento do salário mínimo -atualmente em nove dólares por hora- os zeladores de Miami exigiram contratos sindicais que forneçam Equipamento de Proteção Individual (EPI), legislação contra discriminação racial e étnica no ambiente de trabalho, e licença médica remunerada.

Eles aproveitaram para homenagear os colegas da categoria que morreram vítimas da covid-19.

Justice for Janitors Day

O Dia da Justiça para os Zeladores comemora o movimento que começou em Los Angeles (CA), no ano 1990, quando milhares de trabalhadores do setor organizaram uma grande marcha contra o tratamento injusto e por melhores salários.

A polícia atacou violentamente a manifestação pacífica, deixando vários manifestantes, a maioria imigrantes, hospitalizados.

A repressão policial foi transmitida em rede nacional e milhares de cidadãos, solidários aos trabalhadores, aderiram a causa, estimulando a criação de vários sindicatos no país e garantindo alguns direitos para a categoria.

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