Um sindicato representando os trabalhadores operadores portuários dos EUA chegou a um acordo provisório sobre salários que terminará uma greve de três dias que fechou o transporte marítimo na Costa Leste dos EUA e Costa do Golfo, confirmaram a International Longshoremen’s Association Union (ILA) e a United States Maritime Alliance na quinta-feira (03).
O acordo prorroga o contrato principal entre o sindicato e os operadores portuários até 15 de janeiro de 2025, permitindo a continuação das negociações sobre outros aspectos do contrato. Uma declaração conjunta não especificava quais os salários acordados ou os outros termos que exigiam negociação.
«Com efeito imediato, todas as atuais ações de trabalho cessarão e todo o trabalho abrangido pelo Contrato Diretor será retomado», diz o comunicado.
O acordo provisório é para um aumento salarial de cerca de 62% ao longo de seis anos, informou The Bergen Record.
O sindicato dos trabalhadores lutava por um aumento de 77%, enquanto o grupo de empregadores anteriormente elevou a sua oferta para quase 50%.
O acordo põe fim à maior paralisação de trabalho do seu gênero em quase meio século, que bloqueou o descarregamento de navios porta-contêineres do Maine para o Texas e ameaçou a escassez de tudo, desde bananas a autopeças, desencadeando um atraso de navios ancorados fora dos grandes portos.
«A decisão de acabar com a greve atual e permitir que os portos da Costa Leste e do Golfo reabram é uma boa notícia para a economia do país», disse o CEO da Federação Nacional de Varejo (NRF) Matthew Shay em um comunicado.
O NRF tinha chamado a administração Biden para «usar toda e qualquer autoridade disponível e ferramentas» para acabar com a greve em um comunicado divulgado segunda-feira (30).
Pelo menos 45 navios porta-contêineres que não puderam descarregar estavam ancorados fora dos portos da Costa Leste e da Costa do Golfo atingidos pela greve até quarta-feira (2), três dias antes da greve começar no domingo(29), segundo a Everstream Analytics.
O ILA iniciou a greve de 45 mil trabalhadores portuários, sua primeira grande paralisação de trabalho desde 1977, na terça-feira (1), após o rompimento das conversações para um novo contrato de seis anos.
A greve afetou 36 portos – incluindo Nova Iorque, Baltimore e Houston – que lidam com uma gama de contêineres de mercadorias.
