Cientistas do Centro de Previsão Climática da NOAA – uma divisão do Serviço Nacional de Meteorologia – atualizaram, na quinta-feira (10), sua previsão para a temporada de furacões no Atlântico de um nível de atividade “quase normal” para um nível de atividade “acima do normal”. Os meteorologistas acreditam que as condições atmosféricas e oceânicas atuais, como temperaturas recordes no Oceano Atlântico, provavelmente terão impacto nas condições associadas ao El Niño, atualmente em curso.
Segundo os meteorologistas, pelo menos 14 das 21 tempestades nomeadas podem se formar antes do final do ano, sendo que seis correm o risco de se tornarem furacões, informou a NOAA. Esta nova atualização dá ao Atlântico 60% de chance de enfrentar uma temporada acima do normal no período de seis meses que termina em 30 de novembro. A agência fornece essas faixas com 70% de confiança. Esses dados incluem tempestades que já se formaram nesta temporada.
As condições do El Niño estão sendo observadas atualmente e há mais de 95% de chance de que o fenômeno continue durante o inverno do Hemisfério Norte, de acordo com a última discussão do ENSO do Centro de Previsão do Clima. O El Nino geralmente resulta em condições atmosféricas que ajudam a diminuir a atividade tropical durante a temporada de furacões no Atlântico. Até agora, essas condições limitantes têm se desenvolvido lentamente e os cientistas do clima estão prevendo que os impactos associados que tendem a limitar a atividade dos ciclones tropicais podem não ocorrer durante grande parte do restante da temporada de furacões.
Nesta temporada, a bacia do Atlântico já enfrentou cinco tempestades tropicais, incluindo um furacão. Uma temporada média de furacões produz 14 tempestades nomeadas, das quais sete se tornam furacões, incluindo três grandes furacões.