Michele Bachmann, deputada republicana
Milhares de simpatizantes do conservador Tea Party se reuniram esta semana em frente ao Capitólio para protestar pela perseguição contra seu movimento supostamente perpetrada pelo Serviço de Receita Federal (IRS na sigla em inglês) e para denunciar a reforma imigratória que se debate no Senado.
A principal razão da manifestação, cujo lema foi “Auditemos o IRS”, era protestar pelas revelações de que o principal órgão da Fazenda dos EUA tratou com excessivo rigor os grupos conservadores quando pediram isenções fiscais.
No entanto, os participantes aproveitaram para demonstrar sua oposição à reforma imigratória proposta por um grupo bipartidário no Senado ou pelo excessivo controle do governo. Entre eles, estavam figuras conservadoras ligadas ao Tea Party como o senador texano Ted Cruz e a deputada pelo Missouri Michele Bachmann.
Com cartazes que pregavam “Fechem a fronteira. Não mais estrangeiros”, “Não às anistias” ou “Não à S. 744 (número oficial da proposta imigratória)”, milhares de pessoas se manifestaram com bandeiras americanas e com o lema revolucionário “Não me ignore”.
O deputado do Texas Louie Gohmert disse na manifestação que “o primeiro que o governo deve fazer é tornar a fronteira segura” e depois falaremos de reforma imigratória”.
Por sua vez, o jornalista conservador Glenn Beck disse que o governo deve deixar de permitir que os imigrantes cruzem os Estados Unidos “a pé ou por túneis”.
O movimento Tea Party, que nasceu para pedir uma reforma impositiva, redução do gasto em programas sociais e menor presença do governo federal, continua mantendo-se ativo como facção republicana.
Este grupo de base, fragmentado e sem uma estrutura clara, dirige sua mensagem para pregar o respeito aos valores fundamentais do país e menor peso do poder federal sobre as decisões do indivíduo.