A Target anunciou na segunda-feira (20) que planeja cortar os preços de milhares de itens incluindo frutas, pão, café, leite, carne, fraldas, ração de animais e outros produtos essenciais neste verão, juntando-se a outros varejistas que buscam revitalizar os negócios atendendo aos consumidores afetados pela inflação.
A empresa está reduzindo os preços porque “os consumidores estão se sentindo pressionados a otimizar seu orçamento”, disse o Vice-Presidente Executivo Rick Gomez em um comunicado. A Target relatou em março uma queda de 1,7% nas vendas de 2023 — seu primeiro declínio anual em sete anos.
Segundo a empresa, o preço de aproximadamente 1.500 itens já estão mais baratos nas prateleiras, e os cortes restantes entrarão em vigor nas próximas semanas. Os preços mais baixos também estarão disponíveis no site da Target e no aplicativo de compras da empresa.
As mudanças afetam marcas conhecidas, como Clorox e Prime, bem como suas marcas próprias. Embora os preços variem dependendo da cidade, a Target destacou alguns exemplos, como um recipiente de 75 unidades de lenços Clorox sendo reduzido para $4,99 de $5,79 e uma libra de manteiga sem sal da marca Good & Gather caindo para $3,79 de $3,99.
A medida ocorre enquanto a economia dos EUA está desacelerando. Embora a inflação continue a diminuir e o consumo geral tenha permanecido sólido este ano, sinais econômicos recentes sugerem que os americanos estão se tornando mais frugais. O aumento médio mensal nos gastos das famílias em abril caiu para 4,6%, a menor leitura em três anos, de acordo com dados do Federal Reserve Bank de New York.
Os consumidores têm retraído os gastos há um ano, pois os custos aumentaram de 20% a 30% em relação a três anos atrás e as rendas não acompanharam, disse recentemente Sarah Wyeth, diretora-gerente de varejo e consumo da S&P Global Ratings, à CNN.
Em abril, os gastos não atingiram o aumento de 0,4% projetado pelos economistas, de acordo com a FactSet. As cifras são ajustadas para variações sazonais, mas não para a inflação. Em comparação, há um ano, as vendas no varejo aumentaram 3%.
