DA REDAÇÃO – A detenta Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais, obteve parecer favorável para cumprir o restante da pena em liberdade. A defesa dela pleiteia o regime aberto desde junho do ano passado. Não há prazo para julgamento na Justiça, mas o documento deve embasar a decisão sobre o pedido. As informações são do G1.
O exame criminológico foi solicitado pelo Ministério Público. Para análise da detenta, Suzane foi submetida à avaliação de uma junta médica. O G1 apurou que o exame foi concluído nesta semana. O processo está em segredo de Justiça.
No regime mais brando, Suzane poderá deixar a prisão em Tremembé (SP) – onde é interna desde 2006 – e ficará livre. Ela deve apenas comparecer na Justiça em datas pré-determinadas.
Suzane já manifestou que pretende trabalhar e estudar. Uma confecção de Angatuba (SP), onde vive o namorado da detenta, ofereceu emprego para ela e, Suzane tenta desde 2016 ingressar no curso superior de administração de empresas.
No pedido para Suzane ir ao regime aberto, a Defensoria Pública, que faz a defesa de Suzane Richthofen, apontou que ela cumpriu o tempo de pena necessário para ter direito à progressão para o regime aberto – sendo um sexto da pena no semiaberto. O documento destaca ainda o “ótimo comportamento carcerário da sentenciada” apontado em atestado emitido na época pela direção da penitenciária.
No cálculo da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), o prazo para mudança de regime seria 4 de setembro de 2019, mas a Defensoria cobrou o abatimento de 996 dias deste prazo, adquirido por meio do trabalho de costureira que a detenta exerceu na oficina no presídio. Antes, ela atuou na unidade como auxiliar de enfermaria e de copa.
Suzane Richthofen cumpre pena no regime semiaberto desde outubro de 2015. Nele, ela já tem direito de deixar a penitenciária cinco vezes ao ano nas saídas temporárias. A última ‘saidinha’ foi no Natal. Ela voltou à prisão no dia 3 de janeiro.