A decisão do governo dos Estados Unidos de suspender temporariamente a ajuda externa impactou um programa de treinamento de brigadistas no Brasil. A medida, determinada por um decreto do presidente Donald Trump, interrompeu a cooperação entre a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), afetando capacitações voltadas para a prevenção e combate a incêndios florestais.
O Programa de Manejo Florestal e Prevenção de Incêndios, criado em 2021, já treinou mais de 3 mil brigadistas, incluindo mulheres indígenas que atuam na proteção de territórios tradicionais. A interrupção do financiamento suspendeu treinamentos e atividades que contavam com a expertise do Serviço Florestal dos Estados Unidos (USFS). O Ibama confirmou a notificação sobre a suspensão e afirmou que avalia alternativas para manter as capacitações.
Embora o Ibama tenha declarado que não haverá impacto direto nas ações de combate aos incêndios florestais, especialistas apontam que a suspensão pode afetar a qualificação de novos brigadistas e o aprimoramento de técnicas de prevenção, o que é considerado crucial, especialmente na Amazônia, onde os incêndios são agravados por fatores climáticos e pelo desmatamento. Além disso, o Ibama enfatiza que as atividades de prevenção e combate ao fogo no Brasil continuam sendo executadas com recursos do orçamento da União, e que a interrupção da ajuda externa não prejudica essas ações.
O futuro da parceria entre os países, que tinha previsão de duração até 2026, é incerto, uma vez que a suspensão de assistência foi determinada por um decreto presidencial de Trump, que visa avaliar a eficiência e a coerência da ajuda externa com a política dos Estados Unidos.
Com informações da Agência Brasil.