A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou no começo da noite desta sexta-feira (11) a ação impetrada pelo estado do Texas (e endossada por outros governadores Republicanos) para anular o resultado das eleições em quatro estados onde o presidente-eleito Joe Biden venceu.
Em uma nota curta, a Suprema Corte declarou que o Texas não deu embasamento para o caso, e que “não demonstrou uma razão jurídica reconhecível para o interesse no modo de como outros estados conduzem suas eleições.”
É o segundo caso rejeitado pela Suprema Corte esta semana. Na terça-feira (8), a mais alta corte já havia recusado uma ação similar impretrada pelos Republicanos da Pennsylvania, sinalizando que o Tribunal não vai se envolver com as tentativas da campanha do presidente Trump para reverter o resultado das eleições.
A ação movida pelo Texas, encaminhada diretamente à Suprema Corte, contestava os procedimentos eleitorais em quatro estados decisivos: Georgia, Michigan, Pennsylvania e Wisconsin. A ação demandava que a Corte impedisse que esses estados enviassem seus representantes no Colégio Eleitoral para votarem em Joe Biden e, em vez disso, que os parlamentares de cada estado decidissem quem deveriam ser os representantes. A Corte teria que invalidar milhões de votos para isso.
Trump disse que contava com a vitória na Suprema Corte, que tem três juízes apontados pelo seu governo entre os nove magistrados da banca.
Alegações de fraudes já foram todas legalemente descartadas, inclusive pelo Attorney General, William Barr, que disse que o departamento de Justiça “não descobriu nenhum indício de fraude que pudesse trazer um resultado diferente para as eleições”.
Também o ex-diretor do departamento de Homeland Security, Chris Krebs, declarou que as eleições de novembro foram as “mais seguras da história”. Ele foi demitido por Trump por causa da declaração. Por fim, nesta semana a Suprema Corte negou por duas vezes ouvir as alegações de fraude dos Republicanos.