A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu na sexta-feira (23) que o acesso das mulheres americanas ao medicamento mifepristona, para induzir o aborto, deve ser mantido. A pílula é vendida há 23 anos no país e responde por mais da metade dos abortos realizados.
No início deste mês, um juiz do Texas aceitou um pedido de um grupo anti-aborto e entrou com uma ação para suspender a venda do medicamento, sob o argumento de que a Food and Drug Administration (FDA) não cumpriu os procedimentos de segurança para aprovação.
Desde o ano passado, quando a Suprema Corte reverteu a jurisprudência Roe v. Wade –que assegura aborto legal no país– o uso da mifepristona se tornou alvo de grupos conservadores.
Na ação da Corte desta sexta-feira, sete magistrados optaram por manter a pílula no mercado, e outros dois – incluindo o juiz Samuel Alito, o autor da decisão que anulou a Roe v. Wade- votaram pela retirada de circulação. O presidente Joe Biden elogiou a resolução da maioria da Suprema Corte de manter o mifepristone disponível, enquanto a luta judicial continua. O caso ainda tramita em instância inferiores.