A Suprema Corte bloqueou, nesta terça-feira (22), a entrada de transgêneros nas Forças Armadas americanas, apesar dos diversos protestos da comunidade LGBT.
A administração do presidente Trump afirmou em julho de 2017 que não permitiria o alistamento de pessoas transgênero, após ouvir generais e especialistas na área militar. Segundo ele, haveria um “risco muito grande para a efetividade militar e a letalidade”.
“Nossos militares devem se concentrar em vitórias decisivas e extraordinárias, e não podem se preocupar com os tremendos custos médicos e transtornos que seriam causados por transgêneros entre os militares”, escreveu no Twitter em 2017.
Tribunais questionaram a posição repetidas vezes – e a oposição à medida conseguiu algumas vitórias na Justiça. O governo Trump, porém, insistiu em garantir o cumprimento da medida em caráter emergencial, que agora foi validada pela Suprema Corte.
De acordo com a CNN, existem 8.980 pessoas que se identificam como transgêneros nas Forças Armadas.
A posição da Casa Branca é radicalmente distinta da postura adotada pelo governo do ex-presidente Barack Obama, antecessor de Trump.
De acordo com uma medida adotada durante a administração Obama, a partir de 1º de julho de 2017 as Forças Armadas deveriam começar a aceitar recrutas transgêneros. Mas o governo Trump alterou a data para 1º de janeiro de 2018, antes de reverter completamente a política.