Da Redação – Cerca de cinco milhões de imigrantes aguardavam com grande expectativa a decisão final da Suprema Corte sobre as ordens executivas imigratórias anunciadas por Barack Obama em novembro de 2014. Famílias de indocumentados foram para a porta da Corte com faixas e cartazes e ganharam um ‘balde de água fria’, após a Suprema Corte anunciar que a votação ficou empatada. Isso quer dizer que prevalece a última decisão, a do juiz do Texas que embargou as ordens executivas em fevereiro de 2015.
Caso fossem aprovadas, as ordens executivas garantiriam que os pais de crianças americanas ou portadoras de green card não fossem deportados e que teriam autorização de trabalho e carteira de motorista. A decisão foi anunciada sem qualquer comentário. O presidente Barack Obama lamentou a decisão.
“Há mais de duas décadas o sistema imigratório americano está quebrado. O fato de a Suprema Corte não chegar a um consenso sobre o assunto hoje é um retrocesso e nos afasta do país que queremos nos tornar”, disse o presidente.
A candidata do Partido Democrata à presidência, Hillary Clinton, também criticou a decisão da Suprema Corte e acrescentou a importância de se eleger um candidato democrata para a Casa Branca. Ela postou no Twitter que está de “coração partido”.
“O impasse de hoje na Suprema Corte é inaceitável e nos mostra o quanto as apostas nas próximas eleições estão altas”, disse Hillary.
Donald Trump também comentou a decisão da Suprema Corte no Twitter. “A Corte nos manteve a salvo”. E completou: “A eleição, e as indicações à Suprema Corte que vêm com ela irá decidir se vamos ou não ter uma fronteira e, portanto, um país. Clinton se comprometeu a expandir as ordens executiva de Obama, prejudicando os trabalhadores afro-americanos e hispânicos pobres, dando sua empregos e recursos federais para o trabalho imigrante ilegal e, ao mesmo tempo, nos deixando menos seguros”.
Ativista lamenta
O brasileiro e ativista pró-imigrante, Gustavo Andrade, deu seu depoimento ao AcheiUSA sobre a decisão que deixou frustrados milhões de imigrantes indocumentados. “É uma grande decepção para nós e para milhões de pessoas cujas vidas seriam afetadas por esta ordem. Continuaremos na luta durante as próximas eleições E mobilizaremos em massa em novembro. Nossa resposta será dada pelas urnas”, enfatizou.