Números de Social Security e dados de motoristas são os alvos preferidos
DA REDAÇÃO, COM SUN-SENTINEL – Todos os dias, a polícia recebe denúncias de roubo de identidade no Sul da Florida. Os números são crescentes e, pelo terceiro ano consecutivo, a região é considerada a campeã dos Estados Unidos nesse tipo de crime. Os dados são da Federal Trade Commission – FTC.
Broward, Palm Beach e Miami- Dade tiveram 35.914 relatos de roubo de identidade em 2012 – ou 645,4 denúncias por 100.000 habitantes, segundo o relatório da FTC . Em 2011, o número de relatórios foi 17.546. Para se ter uma ideia, a área metropolitana dos Estados Unidos com a segunda maior taxa de roubo de identidade – Nápoles – teve uma taxa de quase 40% menor que da Flórida, de 397,8 queixas por 100.000 habitantes.
De acordo com as autoridades, as pessoas roubam identidades para apresentarem declarações fiscais federais falsas para receberem cheques de reembolso. Isso significa que os consumidores devem ficar atentos ao fornecerem informações pessoais, em especial, o número do Social Security.
Nesta segunda-feira (28), uma ex-funcionária pública do Condado de Broward foi condenada por usar o sistema de informações de onde trabalhava para roubar identidades alheias. Porscha Kyles, de 25 anos, natural de Davie, foi declarada culpada por usar seu computador de trabalho para roubar nomes dos condutores, datas de nascimento, números de seguridade social (Social Security) e outras informações pessoais, enquanto trabalhava no balcão público na divisão de trânsito e delito de Fort Lauderdale.
Nos últimos meses, diversos funcionários foram presos por agirem da mesma forma. No início deste mês, um policial de Miami foi acusado por usar o laptop do departamento para olhar ilegalmente informações pessoais de motoristas aleatórios em um banco de dados estadual.
Em julho, uma fisioterapeuta do South Miami Hospital admitiu em um tribunal federal que ela roubou os nomes, datas de nascimento e números de Social Securtiy de mais de 800 pacientes.
Um ex- programador do Hospital Regional de Boca Raton foi condenado em julho um ano e meio de prisão, após roubar informações de identidade dos pacientes e repassar as informações que as usava em declarações fiscais fraudulentas.