Em cerimônia realizada na noite de domingo (9) em Hollywood, sem grandes polêmicas (mas muitas surpresas), o Oscar 2020 deu ao filme ‘Parasite’, de Bong Joon-Ho, o prêmio de Melhor Filme. Essa é a primeira vez em toda a história do Oscar que um filme de outra língua ganha o principal prêmio da noite. Além do Oscar de melhor filme, “Parasite’ também ganhou como roteiro original, diretor e filme internacional.
Os grandes vencedores na noite foram, além de Parasite, “1917”, drama de guerra dirigido por Sam Mendes, que ficou com três estatuetas; “Joker”, “Ford vs Ferrari” e “Once Upon a Time em Hollywood”, com duas estatuetas cada. ”The Irishman” foi indicado em dez categorias, mas não legou nada.
Nas categorias de atuação, Joaquin Phoenix (Joker), Renée Zellweger, (Judy), Brad Pitt (Once Upon a Time em Hollywood) e Laura Dern foram premiados.
“Se a Academia deixasse, eu gostaria de pegar uma serra elétrica e quebrar minha estatueta em cinco pedaços para dividir com todos vocês”, disse Joon-ho depois de vencer como Melhor Diretor. Ele disse que estudou Scorsese e que Tarantino foi um dos primeiros a elogiá-lo.
“Não quando nos cancelamos pelos erros do passado, mas quando nos guiamos para crescer, por redenção, esse é o melhor da humanidade”, disse Phoenix, em discurso emocionado, ao ganhar seu primeiro Oscar.
Além das cinco músicas indicadas para Melhor Canção Original, a cerimônia também teve performances do rapper Eminem e da cantora Billie Eilish. O rapper cantou “Lose Yourself”, música ganhadora do Oscar em 2003, quando ele não foi à premiação receber a estatueta por pensar que não ganharia. Em seu Twitter ele comentou. “Olha, se eu tivesse outra chance, outra oportunidade… Obrigado pelo convite Academia. Desculpa por ter demorado 18 anos para eu vir aqui”.
A cantora americana Billie Eillish, de 18 anos, se apresentou com seu irmão e produtor Finneas. O show foi no tributo aos profissionais da indústria do cinema que morreram no ano que passou, com uma versão de “Yesterday”, dos Beatles.
Outro momento musical de destaque foi quando um trio conhecido por interpretar super-heroínas (Gal Gadot, Sigourney Weaver e Brie Larson) apresentou a maestrina Eímear Noone. Pela primeira vez em 92 anos, uma mulher conduziu a orquestra da premiação, tocando todas as trilhas sonoras indicadas. Deu o óbvio, com “Coringa” e a islandesa Hildur Guðnadóttir.
Melhor Documentário
“American Factory” ganhou o Oscar de Melhor Documentário. Produzido pelo casal Obama, o documentário vencedor mostra os contrastes entre a cultura americana e chinesa durante a abertura de uma fábrica em Ohio, nos Estados Unidos. “Democracia em vertigem”, da diretora brasileira Petra Costa, era um dos indicados na categoria, mas não levou a estatueta.
Para conferir a lista com todos os vencedores acesse: oscar.go.com. (Com informações do G1)