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Suicidas explodem bombas e matam pelo menos 40 pessoas em aeroporto de Istambul

Outras dezenas pessoas ficaram feridas; terroristas foram mortos por policiais

Ambulâncias chegam ao aeroporto de Istambul
Ambulâncias chegam ao aeroporto de Istambul

O número de mortos no atentado ocorrido no Aeroporto Internacional de Istambul, na Turquia, subiu para 41 e o de feridos, para 239, de acordo com um novo balanço divulgado nesta manhã de quarta-feira (29). Na terça (28), três suicidas provocaram explosões no terminal internacional do Ataturk, que é o 3º aeroporto mais movimentado da Europa, atrás de Heathrow (Londres) e Charles de Gaulle (Paris).

Entre os mortos que foram identificados, estão 23 turcos e 13 estrangeiros. Entre os estrangeiros, estão cinco sauditas, dois iraquianos, um chinês, um jordaniano, um tunisiano, um uzbeque, um iraniano e um ucraniano. Entre os 13 estrangeiros, três tinham dupla nacionalidade. O balanço anterior apontava 36 mortos e 147 feridos. O Itamaraty disse não ter registro de brasileiros entre vítimas.

Uma testemunha disse à rede de TV turca que tiros foram ouvidos em um estacionamento do aeroporto. A rede de TV estatal informou que a explosão ocorreu em um ponto de controle no terminal internacional de desembarque de passageiros.

Táxis estão transportando os feridos do aeroporto, disse a testemunha à CNN turca.

Terrorismo

Há vários meses, a Turquia se encontra em estado de alerta por uma série inédita de atentados atribuídos ao grupo extremista Estado Islâmico (EI) ou relacionados com o reinício do conflito curdo.

O último grande ataque a Istambul ocorreu no dia 7 de junho, quando ao menos 11 pessoas morreram -sete policiais e quatro civis- e mais de 36 ficaram feridas pela explosão de um carro-bomba em um bairro histórico da cidade.

Antes, dois atentados suicidas atribuídos ao EI já haviam sido registrados em áreas turísticas de Istambul. Em 19 de março, um homem-bomba atacou uma via comercial do centro e matou quatro turistas estrangeiros (três israelenses e um iraniano).

Em janeiro, outro atentado suicida matou 12 turistas alemães no centro histórico da cidade.

Os atentados abalaram o setor de turismo na Turquia, com uma queda do número de visitantes de 28% em abril deste ano na comparação com o mesmo mês de 2015. A queda mensal foi a maior em 17 anos e preocupa o governo.

A Turquia, membro da Otan (aliança militar ocidental) e da coalizão liderada pelos Estados Unidos que luta contra o EI no Iraque e na Síria, havia intensificado as operações contra a facção na região norte da Síria, onde os extremistas controlam muitas áreas próximas à fronteira. De acordo com analistas, isso deixa o país mais vulnerável ao risco de atentados.

Crédito da foto: Osman Orsal – Reuters

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